Santa Cataria tem 11 cidades com alto riso de transmissão de dengue, zika e febre de chikungunya, informou a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC) na noite desta quinta-feira (21). Outras 39 apresentam risco médio.
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Os dados integram levantamento realizado em 92 cidades catarinenses consideradas infestadas pelo Aedes aegypti, mosquito transmissor das doenças. Outras duas cidades, Florianópolis e Jaraguá do Sul, também são consideradas infestadas, mas não foram contabilizadas porque não haviam encaminhado os resultados da atividade até esta quinta, conforme a Dive/SC.
Confira as cidades:
Em comparação com 2018, houve aumento no número de cidades consideradas infestadas, que passou de 74 para 94 este ano, e nos municípios com alto e médio risco de transmissão da doença, de 3 para 11 e de 28 para 39, respectivamente.
O levantamento inspecionou 78.785 recipientes que continham água parada, ou seja, potenciais criadouros do mosquito Aedes aegypti. A maioria era de recipientes móveis, como baldes e vasos de planta (36,9%). Em segundo lugar, estão o lixo e a sucata (32,8%).
— Esses dados revelam o quanto todos temos que estar atentos ao ambiente. É preciso manter os quintais limpos e descartar corretamente o lixo. Apesar desses recipientes serem os mais comuns, não podemos esquecer também de manter a caixa d’água fechada e as calhas limpas — alerta o gerente de zoonoses da Dive/SC, João Fuck.
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O objetivo do levantamento é a identificação do tipo e a quantidade de depósitos encontrados que possam ser potenciais criadouros do mosquito nos imóveis vistoriados.
A atividade foi desenvolvida pelo Ministério da Saúde (MS) em 2002, sendo realizada pelos municípios considerados infestados pelo Aedes aegypti. O levantamento é realizado por meio da visita a um determinado número de imóveis do município, onde ocorre a coleta de larvas para definir o Índice de Infestação Predial (IIP).
No momento, Santa Catarina tem 1.898 casos de dengue, 1.689 deles contraídos dentro de Santa Catarina. Também há 36 casos de febre de chikungunya e nenhum de vírus da zika.
Prevenção
De acordo com a Dive/SC, as seguintes medidas podem ajudar a evitar a proliferação do mosquito transmissor das doenças:
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– Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usar, coloque areia até a borda;
– Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
– Mantenha lixeiras tampadas;
– Deixe os tanques utilizados para armazenar água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
– Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água.
– Trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
– Mantenha ralos fechados e desentupidos;
– Lave com escova os potes de comida e de água dos animais, no mínimo uma vez por semana;
– Retire a água acumulada em lajes;
– Limpe as calhas, evitando que galhos ou outros objetos não permitam o escoamento adequado da água;
– Dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em vasos sanitários pouco usados e mantenha a tampa sempre fechada;
– Evite acumular entulho, pois podem se tornar criadouros do mosquito.
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