Com mais dinheiro no bolso da população e uma classe média mais populosa, o Brasil e SC, em destaque, vivem um momento especial no mercado de academias de ginástica. De acordo com o instituto Data Popular, Santa Catarina é o segundo Estado com o maior número de academias formais no país: 1.788.

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Mas este número pode ser triplicado se forem somadas as academias informais, segundo a avaliação de Pyter Bruno, diretor do Sindicato Patronal das Academias de Santa Catarina (Siacadesc), dono da Equipe Ivana Henn e da rede de academias Top One Club.

Sem contar os estúdios de pilates, as academias de artes marciais e de dança, que não entram nos números do Conselho Federal de Educação Física, utilizado como fonte para a pesquisa do Data Popular.

– Acredito que apenas em Santa Catarina, se formos somar todos os negócios formais e informais que disponibilizam diferentes atividades físicas para as pessoas, chegamos a 7 mil ou 8 mil empreendimentos – estima Bruno.

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Há 25 anos atuando no ramo, Maria Cristina Bartczak, dona da rede de academias Racer, com quatro unidades na Grande Florianópolis, confirma que o setor está mais aquecido por causa da nova classe C.

Para Renato Meirelles, sócio-diretor do instituto Data Popular e especialista em mercados emergentes, é natural que vários segmentos cresçam mais em SC porque o Estado tem o maior índice de habitantes na classe C, além de ter a capital com mais gente com este perfil.

Exercícios físicos e socialização

De acordo com Meirelles, esse público sente-se motivado a frequentar as academias por três razões: para melhorar a aparência, buscando qualidade de vida e para melhorar a produtividade no trabalho. Diferente do público tradicional deste modelo de negócios, as classes A e B, que frequentam academias próximas do trabalho, as pessoas da classe C buscam opções perto de casa, no bairro em que vivem e em opções informais.

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– Outro diferencial da classe C é que esse público, que dá preferência para os esportes coletivos, busca nas academias a socialização – define.

Os donos de academia lembram que Santa Catarina está vivenciando uma reformulação do setor. Foram ampliados não apenas o número de negócios nos últimos anos, mas também o porte e a segmentação dos investimentos. Há opções para atividades físicas que custaram R$ 20 mil em equipamentos, como os estúdios de pilates mais básicos, até academias direcionadas para a classe A, com investimentos de R$ 2 milhões.

O perfil do público é variado: há pessoas na Capital que gastam R$ 30 por mês para exercitar-se enquanto outras desembolsam R$ 700 com personal trainers em academias top.

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Para Bruno, da Siacadesc, Florianópolis e outras cidades do Sul têm o clima e a preocupação das pessoas com a aparência física e com a saúde como pontos favoráveis para o negócio.

Na opinião de Vitor Mendes Daniel, dono da rede AFitness, mesmo com a proliferação de academias, há muito espaço ainda para crescer.

– Se formos bastante otimistas, podemos dizer que até 3% da população brasileira frequenta alguma academia – avalia.

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