Divulgadas nesta terça-feira, as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) por escola em 2015 continuam dando destaque às unidades particulares, principalmente de São Paulo, como as melhores do Brasil. Conforme análise do jornal O Estado de S. Paulo, a maioria dos colégios no top 100 é privada e tem poucos alunos, o que pode facilitar o desempenho mais alto.

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Santa Catarina, no entanto, tem representante somente no 332º lugar da lista, com a Associação Educacional Luterana Bom Jesus Ielusc, em Joinville. Colégio Bom Jesus Divina Providência, de Jaraguá do Sul; Escola Internacional Sociesc, de Joinville; Colégio Bom Jesus São José, de São Bento do Sul; e Colégio Trilíngue Inovação, de Chapecó, são os representantes catarinenses subsequentes.

Apesar de demorar a aparecer na lista, na média o Estado está razoavelmente bem em relação aos demais. Tem a oitava média das notas por escola: 522,54. Santa Catarina fica atrás do Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), vinculado ao Ministério da Educação (MEC), produziu duas médias de cada escola. A primeira leva em consideração todas as áreas propostas pelo Enem: Ciências Humanas, Ciências da Natureza, Matemática, Línguas e códigos e suas tecnologias.

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Único destaque catarinense

Em um contexto simulado pelo Inep, onde foram ranqueadas escolas com indicador de permanência superior a 80%, de pequeno porte (até 30 alunos matriculados no 3º ano do Ensino Médio) e com nível socioeconômico elevado, destaca-se em 9º lugar do resultado geral o Colégio Trilíngue Inovação.

Nesta última avaliação do Enem por Escolas, apenas os dados de instituições em que ao menos metade e um mínimo de 10 alunos participaram do Enem foram divulgados. Somente 60% das 671 escolas da rede estadual foram avaliadas, por exemplo. A média geral no Enem 2015 entre as escolas estaduais é de 491,86 pontos nas provas objetivas e 525,86 na redação. Nos dois índices, fica abaixo da média de todas as escolas de Santa Catarina (privadas, municipais, estaduais e federais), que é de 514,77 nas provas objetivas e 553,60 na redação.

O diretor de Políticas e Planejamento Educacional da Secretaria Estadual da Educação, Osmar Matiola, diz que a tendência nacional, e que também tem sido observada no Estado, é de crescimento no desempenho dos alunos na redação e nas áreas relacionadas a ciências humanas, mas decréscimo na matemática e ciências da natureza.

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Matiola também justifica como fator de influência nos resultados é o fato de que os alunos avaliados são ainda remanescentes do ensino fundamental de oito anos. Os estudantes do atual sistema de nove anos – que no último Ideb melhoraram em 20 pontos a proficiência em língua portuguesa e matemáticas dos alunos do nono ano – serão avaliados pelo Enem apenas em 2018.

Para melhorar os índices, a Secretaria de Estado da Educação vai retomar a partir do ano que vem o Programa Estadual Novas Oportunidades de Aprendizagem (Penoa), focado na formação de professores e reforço escolar. O Estado vai buscar também parcerias para ampliação das turmas de educação integral, medida que fará parte da proposta de restruturação do ensino médio.

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