Dentro da região Sul e nacionalmente, o estado de Santa Catarina se destaca pela prosperidade econômica mesmo em tempos de crise. Se em todo o país a economia sentiu o impacto do isolamento social e a diminuição de renda causados pelo coronavírus, em Santa Catarina, a retomada aconteceu mais rápido, ainda durante a pandemia.

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Esse fato demonstra a força de produção e recuperação dos negócios catarinenses em todos os setores. A indústria é a que mais se destaca, apresentando o maior crescimento nacional no acumulado de janeiro até abril de 2021, com uma expansão de 24,4% em comparação com o mesmo período do ano passado.

Dados divulgados em junho pelo Ministério da Economia com o Novo Caged apontam que Santa Catarina tem saldo positivo de mais de 111 mil empregos formais em 2021 no acumulado até maio de 2021. De acordo com o Observatório FIESC, dentre as vagas criadas, 61 mil foram no setor industrial, com destaque para os setores têxtil, confecções, couro e calçados, que juntos geraram 15 mil vagas. Com esses números, a indústria catarinense mostra sua força e diversidade de produção mesmo em momentos de crise.

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A construção civil também apresenta melhora nas atividades com 10,8 mil vagas geradas até maio. Do total, cerca de 6,5 mil se referem à construção de edifícios, de acordo com a análise do Observatório FIESC. Essa atividade é considerada um dos termômetros econômicos do país devido à rapidez da criação de vagas e da movimentação da cadeia produtiva. Por isso, é a melhoria dos números da construção é um claro sinal de aquecimento da economia catarinense.

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O setor de madeira e móveis teve saldo positivo de 7 mil vagas, um crescimento impulsionado pela alta do dólar, das exportações para os Estados Unidos e do aumento do consumo no mercado interno. A indústria de máquinas e equipamentos de metalurgia também influenciou a abertura de vagas no mercado de trabalho catarinense, totalizando cerca de 10,1 mil novos postos de trabalho entre janeiro e maio. Os tradicionais polos regionais de produção moveleira e madeireira mostram que seguem produtivos em meio à pandemia, colaborando fortemente para a retomada econômica e a criação de empregos.

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) realizada pelo IBGE no primeiro trimestre de 2021, Santa Catarina tem a menor taxa de desocupação do país, 6,2%, bastante abaixo da média nacional, que é de 14,7%. O estado conta com pólos industriais, agropecuários e comerciais com diferentes focos produtivos e distribuídos em várias regiões, dessa forma há pluralidade na oferta de ocupações, o que garante uma maior estabilidade financeira para a população.

Reflexos positivos no PIB de SC

O PIB catarinense cresceu 2,9% entre abril de 2020 e março de 2021, de acordo com o último Boletim de Indicadores Econômico-Fiscais divulgado pela Secretaria do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE). O varejo estadual cresceu 2,7% no acumulado do ano, enquanto a média nacional diminuiu 1,9%.

No acumulado de maio de 2020 a maio de 2021, a indústria catarinense cresceu 6,6%, enquanto a média brasileira foi de 1,7%. As exportações de SC cresceram 36,3% em maio e 11,2% no ano, números que devem continuar crescendo nos próximos meses com a tendência de alta do dólar aliada ao DNA exportador do estado.

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A conhecida força do agronegócio catarinense segue consolidada e também impulsionada pela alta do dólar. Santa Catarina continua sendo o maior exportador de carne suína do Brasil, totalizando 227,6 mil toneladas exportadas entre janeiro e maio de 2021, o que representa um aumento de 14,7% em relação ao ano anterior.

Até maio, apenas as exportações de suínos geraram receita de U$ 124,6 milhões no estado. As exportações de carne de frango voltaram a crescer em maio e o faturamento do setor subiu 13% em relação a abril. A soja aparece com o maior faturamento das exportações de maio, correspondendo a US$ 143,8 milhões, o que representa um aumento de 51% em comparação com o mesmo mês de 2020. Com isso, o foco e o incentivo da produção para o mercado externo de alimentos se mostram boas saídas para manter o crescimento econômico em meio a tempos difíceis.

Quanto à administração pública e a arrecadação de impostos, Santa Catarina busca diminuir sua dependência dos repasses da União, passando de 21,04% do total da arrecadação em 2015 para 20,14% em 2020. Isso se deve ao aumento da arrecadação própria do estado, que representava 69,31% do total em 2015 e passou para 76,15% em 2020. 

A receita tributária do governo estadual somou R$29,6 bilhões em 2020, um crescimento de 1,9% em relação ao ano anterior, sendo a arrecadação do ICMS responsável por 81% do total. Essa maior autonomia e o aumento da arrecadação própria permitem disponibilizar incentivos e linhas de crédito diretas para os empresários catarinenses, como o Programa Juro Zero, voltado ao microempreendedor individual.

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O cenário econômico para 2021 e 2022 se mostra cada vez mais promissor tanto no Brasil quanto no estado. Santa Catarina tem mostrado uma consistente recuperação na atividade econômica desde setembro de 2020 e segue em crescimento estabilizado. O mercado continua elevando as expectativas de crescimento da economia nacional para 2021. O Banco Central (BC) revisou a projeção de para o crescimento do PIB do Brasil em 2021 de 3,6% para 4,6%, refletindo as melhorias econômicas que aconteceram no primeiro trimestre do ano.

O aumento da vacinação contra a Covid-19 e a consequente expectativa de diminuição dos efeitos da pandemia permitem previsões econômicas cada vez mais otimistas. O Governo de Santa Catarina reajustou seu calendário de vacinação e prevê imunizar toda a população com a primeira dose até o final de agosto de 2021.

Até o final do ano, a expectativa é de que a população catarinense esteja totalmente imunizada, o que permite voltar progressivamente a um cenário normal e até mesmo receber turistas durante o verão. O setor de turismo corresponde a quase 15% do PIB de Santa Catarina e sua recuperação influenciará ainda mais o crescimento econômico estadual após apresentar forte queda com as restrições sanitárias.

O governo estadual e os bancos de fomento disponibilizaram cerca de R$329 milhões para o setor de turismo desde o início da pandemia para amenizar os impactos. A perspectiva de voltar a receber turistas durante o Natal, Ano Novo e Carnaval da temporada 2021-2022, período de maior movimento, é boa notícia para o setor hoteleiro, que deve se destacar na continuação da retomada ainda mais rápida do crescimento econômico catarinense esperada para o pós-pandemia.

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Aliando os bons números já apresentados na indústria, na agropecuária e no varejo com a retomada esperada do setor de serviços e turismo no pós-pandemia, Santa Catarina continuará crescendo em 2021 e mostrando todo o potencial da sua riqueza econômica, sempre impulsionada pela capacidade de recuperação e trabalho do povo catarinense.

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