O dia 20 de outubro marca o centenário de Jorge Lacerda, político catarinense que assumiu o governo de Santa Catarina em 1956. Seu nome entrou para a História quando, dois anos depois, veio a falecer em um trágico acidente aéreo, no dia 16 de julho de 1958. Junto com ele estava Nereu Ramos, único catarinense a assumir, por um curto período de tempo, a Presidência da República.

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Filho de imigrantes gregos, Lacerda nasceu no Paraná, na cidade de Paranaguá. Iniciou sua militância política em Curitiba, no começo da década de 1930, quando ainda era estudante de Medicina. Em 1945, com a queda do regime de Getúlio Vargas, filiou-se ao recém-articulado Partido da Representação Popular (PRP), sigla pela qual alcançaria o cargo de governador de SC anos mais tarde, com apoio de Irineu Bornhausen.

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Destacou-se também no jornalismo, sobretudo a partir de 1940, ano em que se mudou para o Rio de Janeiro para trabalhar no jornal A Manhã. Apoiado por amigos e intelectuais, lançou o suplemento Letras & Artes, um valioso espaço cultural e artístico publicado a partir de 1946. Seu prestígio aumentaria com a doação de 10 milhões de cruzeiros para a construção do Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio.

Um ato em comemoração ao centenário de Jorge Lacerda está agendado para o dia 29 de outubro na Assembleia Legislativa. A comissão organizadora, composta por 16 membros, iniciou a preparação do evento há cerca de um ano. A solenidade deve começar por volta das 20h, no Plenário do Parlamento, com presença de familiares e discursos de parlamentares.

Um trecho do documentário sobre a vida do ex-governador será transmitido aos presentes. Produzido por Roberto Lacerda Westrupp, neto de Jorge Lacerda, o filme resgata sua trajetória política. Previsto também o lançamento do livro Jorge Lacerda: Jornalista, Humanista e Estadista, de autoria do jornalista Moacir Pereira.

Ao final será inaugurada, no hall de entrada da Assembleia, uma exposição com 20 painéis que contam por meio de fotos e textos a história de vida de Jorge Lacerda. O curador Max Muller selecionou materiais dos familiares e também do acervo do MAM-RJ. A exposição poderá ser visitada até dia 14 de novembro.

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