A falta de água não assombrou os moradores do Estado e os turistas que vieram atrás do sol e do calor, como ocorreu entre o Natal e o Réveillon em 2013. Segundo a Casan, não houve problemas ligados a desabastecimento nas 197 cidades administradas pela companhia – entre elas Florianópolis, Garopaba e Porto Belo -, apenas ocorrências pontuais como vazamentos ou canos rompidos, por exemplo.

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A situação mais dramática aconteceu após rompimento de uma adutora na cidade na noite de 31 de dezembro, que comprometeu o fornecimento de água em Porto Belo e em Bombinhas, mas o problema foi solucionado até o meio da madrugada.

A Casan diz que utilizou caminhões-pipa em sete oportunidades, em quatro dias do feriadão, mas apenas para reduzir os danos aos moradores afetados por estas ocorrências pontuais. Valter José Galina, diretor-presidente da Casan, credita o resultado tanto às ações da companhia quanto ao envolvimento e interesse da própria população:

– As pessoas compraram a ideia da economia, evitando desperdícios, fiscalizando o vizinho, aumentando reservatórios. Tivemos inúmeras respostas de moradores que não permitiram que locatários colocassem mais pessoas que a capacidade dentro de uma casa, algo que não observamos no ano passado.

Segundo a companhia, não houve desabastecimento nem no Norte da Ilha de SC, que no ano passado, ficou até oito dias sem água, fazendo até 15% dos turistas optarem por check-out antecipado nos hotéis.

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O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em Santa Catarina (ABIH-SC), Samuel Koch, afirma que ainda é cedo para estimar os resultados da temporada, mas relata que o setor hoteleiro de Florianópolis não sofreu com falta de água e está otimista para o restante do verão.

Já em Camboriú, ao menos quatro bairros e vários dos pontos mais altos da cidade já sofreram com a falta de água durante a semana entre Natal e Ano-Novo. Na segunda-feira, um protesto de moradores terminou em briga na prefeitura da cidade.

Em Balneário Camboriú, a empresa Emasa registrou desabastecimentos em pontas de rede e lugares mais altos. A causa, segundo a diretora técnica da Emasa, Kelli Cristina Dacol, seria a diminuição na pressão da rede de distribuição.

Entrevista com Valter Galina, diretor-presidente da Casan

Por que os problemas da virada passada não se repetiram?

A lastimável experiência da última temporada motivou um plano de 38 ações voltadas ao verão e reuniões técnicas com engenheiros da companhia. Aumentamos em 28% o volume de água tratada e distribuída em relação à temporada passada e resolvemos problemas de distribuição no Estado inteiro. A população entendeu o valor da economia de água e comprou a ideia, evitando desperdícios, fiscalizando o vizinho, aumentando reservatórios, evitando superlotações.

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Você ainda temia uma reprise do ano passado?

Trabalhamos muito para esse verão e intensificamos o contato com a população. A Casan e a Celesc realizaram ações muito mais coordenadas que no ano passado, o que diminuiu a chance de imprevistos graves. Mas também adquirimos 24 geradores novos para garantir que possíveis quedas de energia não levassem à falta de água justo nos momentos críticos.

E onde você passou a virada? Faltou água?

Passei no Norte da Ilha, de propósito, para saber como ia ser (risos). Não houve nenhum problema na região.

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