Apesar de imprevistos e críticas, o governo federal segue convicto na maior bandeira da gestão petista na área da saúde. A partir do meio de março, a terceira etapa do programa Mais Médicos aumentará com 92 novos participantes em SC. O Estado encerrou o ano com 198 profissionais _ sendo 176 deles formados no exterior _ distribuídos pelo Estado.
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A chegada dos novos médicos a SC também deve fazer crescer o total de cidades atendidas pelo programa. Entre os municípios catarinenses inscritos para o Mais Médicos, 99 estão na fila. A lista com as cidades atendidas na terceira etapa deve ser publicada nesta quarta-feira no Diário Oficial da União. Na terça, o Ministério não havia divulgado a procedência dos profissionais inscritos.
Para afinar os preparativos com os municípios, a comissão estadual do Mais Médicos em SC se reúne em Florianópolis na tarde de hoje com representantes das cidades credenciadas. Coordenador da comissão, Walter Gomes Filho explica ser difícil avaliar a aceitação dos médicos pela população em geral, mas diz receber pouquíssimas críticas e considera o maior trunfo do programa a capacidade de trazer indivíduos com vivências bastante diferentes da realidade brasileira.
A categoria médica, entretanto, mantém as críticas à medida. Vânio Lisboa, tesoureiro geral do Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina (Simesc) e secretário jurídico da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), acredita que o governo federal ignorou os pedidos por “mais saúde” da população nos protestos de 2013, criando um programa que apenas simula uma melhoria efetiva.
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Estado não tem registro de denúncias
Após denúncias de que médicos estrangeiros não estariam recebendo os auxílios determinados pelo programa, o Ministério da Saúde determinou uma operação pente- fino para garantir que as prefeituras forneçam o prometido. Pelas regras do Mais Médicos, os poderes municipais seriam os responsáveis em fornecer alimentação e moradia aos participantes.
Coordenador da comissão estadual do Mais Médicos em SC, Walter Gomes Filho afirma que o problema não se repetiu no Estado:
– Temos inúmeros canais de comunicação com as prefeituras e não existe nenhum tipo de denúncia nesse sentido em Santa Catarina.
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Segundo o ministro de Saúde Arthur Chioro, as cidades que não agirem conforme o previsto serão notificadas pelo ministério e poderão ficar fora da terceira etapa do Mais Médicos. Se repetirem o erro após a notificação, serão descredenciadas permanentemente.
O governo também enfrenta desistências de profissionais. Nesta terça-feira, o Ministério da Saúde informou que cinco cubanos deixaram o programa Mais Médicos e não voltaram para o país de origem. Ao todo, desde sexta-feira, são 89 profissionais considerados faltosos no programa, sendo 80 brasileiros e nove estrangeiros.