Cinco transplantes de coração ocorreram em Santa Catarina entre janeiro e agosto deste ano, de acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES). Nesta terça-feira (29), não havia pacientes cadastrados na fila para receber o órgão no estado.

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Segundo o coordenador de transplantes em Santa Catarina, Joel de Andrade, o tempo de espera na fila catarinense para transplantes cardíacos é de cerca de quatro meses e o estado faz, por ano, de 8 a 10 cirurgias do coração, o que é “uma realidade fora do esperado pelo número de dados epidemiológicos do Brasil e de outros países”.

No Brasil, entre 19 e 26 de agosto deste ano, foram realizados 11 transplantes de coração, sete deles no estado de São Paulo. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde, após Faustão passar por uma um transplante no último domingo (27). Ainda, segundo a pasta, o apresentador foi priorizado na fila de espera em razão de seu estado de saúde.

Como funciona a fila

A gravidade do quadro do paciente é levada em conta na formação da lista de espera por um coração. Quem necessita de internação constante tem prioridade em relação à pessoa que aguarda o órgão em casa.

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— Quando faz transplante de coração são alguns dados que contam. A primeira questão é uma fila para cada tipo sanguíneo. Dentro da fila, o tempo de espera, assim como a gravidade são os pontos principais. O segundo aspecto é a questão da antropometria, peso e altura do paciente — explica o coordenador.

Conforme ele, quando há um órgão “disponível para transplante” é necessário que o tipo sanguíneo seja compatível com o paciente. Por esse motivo, o primeiro na lista de espera nem sempre será atendido com prioridade.

A última cirurgia de transplante em Santa Catarina foi realizada no dia 25 de agosto, quando a paciente ficou por cerca de 14 dias na espera. Geralmente, a lista é montada da seguinte forma:

  • ordem cronológica de cadastro;
  • gravidade do quadro;
  • tipo sanguíneo – um paciente só pode receber um órgão de um doador que tenha o mesmo tipo sanguíneo que ele;
  • porte físico – alguém alto e mais pesado não pode receber o coração de um doador muito mais baixo e magro que ele;
  • e distância geográfica – o órgão precisa ser retirado do doador e transplantado no receptor em um intervalo de até 4 horas. Ou seja: não é possível fazer a ponte entre duas pessoas que estejam muito distantes uma da outra.

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