Dedicar 10 minutos da semana para verificar potes de plantas, caixas d’água, calhas e ralos. Essas atitudes simples ajudam a evitar uma epidemia de doenças como dengue, chikungunya e zika vírus, já que auxiliam no controle do mosquito transmissor, Aedes aegypti. De olho nesta conscientização, nesta sexta-feira acontece o Dia de Combate ao Mosquito em SC. No restante do país, a mobilização nacional ocorreu na sexta-feira passada, porém no Estado foi adiada em respeito a tragédia com o voo da Chapecoense.

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A mobilização vai incentivar a vistoria constante de focos dentro de prédios de órgãos públicos, como escolas, postos de saúde e sedes.

— A ideia é iniciar pelos órgãos públicos para que a população leve essa prática também para o seu dia a dia.

Agora mais do que nunca todos precisam ajudar, pois o clima está favorável para o mosquito e o número de focos aumenta _ alerta o coordenador estadual do Programa de Controle da Dengue da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina ( Dive SC), João Fuck.

Nesta sexta-feira as atividades iniciam com um trabalho de conscientização, apoiado pelo Exército, no Instituto Estadual de Educação, em Florianópolis. Depois a equipe, composta também por agentes de endemias, segue a vistoria por prédios como o da Assembleia Legislativa de SC, Tribunal de Justiça, de Contas e Deinfra. Cada cidade organiza as ações e envolve todas as secretarias ligadas à prefeitura para englobar todos os órgãos.

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— Essa sexta-feira é o start, mas a gente espera que todas as sextas-feiras sejam dias de mobilização institucional até o final do verão. E para que todos órgãos públicos façam o dever de casa pelo menos uma vez por semana — reforça a diretora de controle de zoonoses da secretaria de Florianópolis, Priscila Valler dos Santos.

O trabalho também será intensificado nas escolas para manter os espaços livres de criadouros até no período de férias.

Agora também é o momento que as visitas às residências e o monitoramento das armadilhas são mais frequentes. Só em Florianópolis, 90 agentes de endemias fazem as vistorias e aplicam larvicidas, além de monitorar 1,7 mil armadilhas.

— No verão, como aumenta o número de focos também aumenta o número de residências a serem visitadas, por isso a gente precisa desse esforço coletivo pois só assim a gente vai conseguir diminuir a quantidade de mosquitos. Se não conseguirmos isso, possivelmente vamos ter epidemia dessas doenças — alerta Priscila, acrescentando que neste ano foi a primeira vez que Florianópolis teve transmissão autóctone (adquirida dentro do Estado) de dengue e chikungunya.

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Porém, a diretora destaca que os agentes ainda enfrentam alguns desafios, como atuação em áreas com mais insegurança e em condomínios de alto padrão, que apresentam mais resistência para receber os profissionais.