A Secretaria de Saúde do Estado promete anunciar na terça-feira (8) uma série de medidas para combater o Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue, das febres zika vírus (causador da microcefalia) e chikungunya. No encontro, marcado para o período da manhã em um hotel em São José, serão também repassadas ações de controle vetoriais e informado o fluxo de atendimento para microcefalia que serão adotadas pelo governo em todo o Estado. Todos os 295 prefeitos, vices e secretários municipais da Saúde, especialmente das 57 cidades consideradas de maior risco para as doenças (veja ao lado), foram chamados para a reunião.

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SC confirma casos de zika vírus vindos de outros estados

Todos os 295 prefeitos, vices e secretários municipais da Saúde, especialmente das 57 cidades consideradas de maior risco para as doenças (veja lista abaixo), foram chamados para a reunião. Também foram convidados representantes dos ministérios públicos estaduais e federais, entidades médicas e de enfermagem, polícias rodoviárias, secretários de Estado, diretores de hospitais que estarão ligados à rede de atendimento, além de todos os secretários regionais e gerentes regionais da Saúde.

No sábado, a presidente Dilma Rousseff esteve em Recife com integrantes do grupo que preparou um plano nacional de enfrentamento contra a microcefalia. Genérico, o plano traz eixos de ação especialmente ao combate ao mosquito, além de atendimentos de pacientes e desenvolvimento de pesquisas sobre o zika.

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De 20 de outubro (quando a vigilância sobre o zika foi implantada) até 1º de dezembro, foram notificados cinco casos suspeitos de febre do vírus contraídos em Santa Catarina, todos informados pelo município de Itajaí. Destes, três foram descartados, e dois aguardam resultado laboratorial. Não há, até o momento, caso confirmado de zika vírus em pessoas que tenham sido picadas pelo mosquito transmissor em território catarinense.

A Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) também monitora casos suspeitos de zika vírus oriundo de outros Estados (importados), com o objetivo de desencadear ações oportunas de controle vetorial. Por meio dessa ação, até o momento foram identificados 27 casos suspeitos importados de outros Estados, dos quais 20 foram descartados por apresentarem resultado positivo para dengue ou outras doenças, ou por não se enquadrarem na definição de caso, e sete foram confirmados pelo critério clínico-epidemiológico (após diagnóstico diferencial negativo para dengue, sarampo, rubéola e parvovírus).

Esses casos foram identificados em Laguna, Florianópolis, Bombinhas e Gaspar, e os prováveis locais de infecção nos Estados do Maranhão, Bahia, Pará e Paraíba. O superintendente Fábio Gaudenzi de Faria explica que quando a pessoa apresenta os sintomas e vem de outro Estado é tratada como se tivesse o vírus para caráter de monitoramento, ainda que o exame de laboratório não ocorra:

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– Quando os pacientes vêm de área onde já há circulação do vírus, o ministério orienta que não se faça a coleta de exames, e sim testes para outras doenças. Quando todos os exames para essas doenças dão negativos, damos como pressuposto que o paciente tenha zika vírus por ter vindo de área de transmissão.

Os 57 municípios em alerta*

Anchieta, Balneário Camboriú, Balneário Piçarras, Blumenau, Bombinhas, Brusque, Caçador, Camboriú, Canoinhas, Chapecó, Concórdia, Cordilheira Alta, Coronel Freitas, Coronel Martins, Criciúma, Cunha Porã, Dionísio Cerqueira, Florianópolis, Guaraciaba, Guarujá do Sul, Guatambu, Ilhota, Ipuaçu, Itajaí, Itapema, Jaraguá do Sul, Joinville, Luís Alves, Maravilha, Mondaí, Navegantes, Nova Erechim, Nova Itaberaba, Novo Horizonte, Palhoça, Palma Sola, Palmitos, Passo de Torres, Penha, Pinhalzinho, Planalto Alegre, Porto Belo, Porto União, Princesa, São Bento do Sul, São Bernardino, São Domingos, São José, São Lourenço do Oeste, São Miguel do Oeste, Serra Alta, Sombrio, Tijucas, Tubarão, União do Oeste, Xanxerê e Xaxim.

* O valor a ser repassado para cada cidade é calculado de acordo com o número de habitantes, garantindo assim valores maiores para as cidades mais populosas.

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