Santa Catarina foi o Estado que abriu mais postos de trabalho em 2017: 29.441. Os números foram divulgados nesta sexta-feira pelo Ministério do Trabalho, por meio do Caged, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. No país, houve redução de 0,05% no número de vagas nos últimos doze meses em relação a 2016.

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O resultado acumulado do ano – equivalente aos últimos 12 meses –, indicou o fechamento de 20.832 vagas. “Para os padrões do Caged, esta redução em 2017 é equivalente à estabilidade do nível de emprego, confirmando os bons números do mercado na maioria dos meses do ano passado e apontando para um cenário otimista neste ano que está começando”, afirmou o ministro do Trabalho substituto, Helton Yomura.

O otimismo é justificado pela comparação do saldo acumulado de 2017 com o fechamento de 2016, que apresentou um saldo negativo de 1.326.558 vagas, e de 2015, quando houve queda de 1.534.989 postos de trabalho no País, na série ajustada. “Aqueles foram os piores resultados da série histórica do Caged”, disse Yomura.

De acordo com o Caged, em dezembro o estoque de emprego formal no Brasil teve retração – situação historicamente normal para o período –, com o fechamento de 328.539 postos de trabalho, uma queda de 0,85% em relação ao estoque do mês anterior. Foram 910.586 admissões e 1.239.125 desligamentos no mês. “O resultado de dezembro veio dentro das expectativas de mercado, que já esperava um saldo consolidado do ano próximo da estabilidade”, disse o coordenador de Estatísticas do Trabalho do MTb, Mário Magalhães.

Conforme o Caged, no ano passado a geração de empregos formais foi liderada pelo Comércio, com saldo positivo de 40.087 postos de trabalho formais. Resultado bem superior ao de 2016, quando foram registradas perdas de 197.495 vagas, e de 2015, quando foram fechados 212.756 postos.

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Também houve saldo positivo na Agropecuária, que abriu 37.004 postos em 2017, revertendo a queda de 2016 (-14.193 vagas); e em Serviços, com 36.945 novos postos, interrompendo as quedas de 2016 e 2015 (-392.574 e -267.927, respectivamente).

Já a Construção Civil e a Indústria de Transformação tiveram as maiores reduções em 2017 (-103.968 e -19.900 postos, respectivamente). Ainda assim, os resultados foram melhores do que em 2016 (-361.874 na Construção Civil e -324.150 vagas na Indústria de Transformação) e 2015 (-416.689 na Construção Civil e -612.219 na Indústria de Transformação).

O ano foi positivo para o mercado de trabalho de 15 Unidades Federativas. O destaque foi para Santa Catarina (29.441 postos), Goiás (25.370 postos), Minas Gerais (24.296 postos), Mato Grosso (15.985 postos) e Paraná (12.127 postos).

Dentre os estados que tiveram redução no número de vagas formais, Rio de Janeiro (-92.192 postos), Alagoas (-8.255 postos), Rio Grande do Sul (-8.173 postos), Pará (-7.412 postos) e São Paulo (-6.651 postos) tiveram os resultados mais expressivos. “São estados que, nos dois anos anteriores, tiveram resultados bem piores. No Rio de Janeiro, por exemplo, as perdas foram de -238.528 em 2016 e -183.151 em 2015”, destacou Helton Yomura.

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Salário – A remuneração média em todo o País fechou 2017 com crescimento. Segundo o Caged, o salário médio de admissão em dezembro de 2017 foi de R$ 1.476,35 e o de demissão, de R$ 1.701,51. Com ajuste pela inflação medida pelo Índice Nacional dos Preços ao Consumidor (INPC), os ganhos reais foram de R$ 45,41 (+3,17%) para o salário de admissão e R$ 26,29 (-1,52%) para o salário de desligamento, em relação a dezembro de 2016. Já na comparação com novembro de 2017, houve crescimento de R$ 4,99 (+0,34%) no salário de admissão e redução de R$ 25,16 (+1,50%) no salário de desligamento.