Santa Catarina é o terceiro Estado com a menor taxa de repetência, no ensino médio – um avanço de sete posições em relação a 2010 quando ocupava o 10º lugar entre os que menos reprovavam nesta etapa de ensino. Os dados foram revelados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) com base no Censo Escolar 2011.

Continua depois da publicidade

Enquanto em 2010, o índice de reprovação no nível médio era de 10,4%, em 2011 caiu para 7,5%, o que representa 15,7 mil estudantes matriculados. Esta foi a menor taxa alcançada pelo Estado, desde 2007. Os outros estados com as menores taxas de repetição são Amazonas (6%), Ceará (6,7%), Paraíba (7,7%) e Rio Grande do Norte (8%).

No ensino fundamental também houve queda no percentual de repetência. SC passou de 6,1%, para 4,4% – cerca de 33,7 mil crianças. Foi também o menor índice registrado em cinco anos. Na frente do Estado catarinense está Mato Grosso, com 3,6%. Depois aparecem São Paulo (4,9%), Minas Gerais (7,3%) e Goiás (7,6%).

O bom desempenho do Estado não reflete a realidade do país. A média nacional foi de 13,1% de reprovação no ensino médio – pior índice registrado desde 1999. O número de estudantes repetentes, que desde 2007 oscilava em cerca de 12%, acabou sofrendo um leve salto depois de cinco anos.

Continua depois da publicidade

Os estados com maior índice total de reprovação no ensino médio são Rio Grande do Sul (20,7%), Rio de Janeiro (18,5%) e Distrito Federal (18,5%), Espírito Santo (18,4%) e Mato Grosso (18,2%).

Em 2011, o ensino fundamental teve taxa de reprovação de 9,6%. Os estados com maior índice total de reprovação neste ciclo do ensino básico são Sergipe (19,5%), Bahia e Alagoas (15,2%), Rio Grande do Norte (14,9%) e Rondônia (14,2%).

Mercadante defende estudo mais aprofundado

Nesta quarta-feira, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse, no Rio de Janeiro, que “precisa um estudo mais aprofundado para analisar” o aumento da taxa de reprovação no ensino médio em 2011 em relação aos anos anteriores. O índice, no entanto, é calculado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão do próprio Ministério da Educação.

Continua depois da publicidade

– Oscilações de um ano para outro sempre acontecem. Para avaliar o ensino, a taxa de reprovação é um dos indicadores de fluxo. O outro é a qualidade do aprendizado. Como o ensino médio é predominantemente estadual e nós tivemos mudanças de governo em muitos Estados no ano passado, novos secretários de educação, novas atitudes, novos procedimentos, talvez tenha aí alguma explicação. Mas eu não quero me adiantar antes de um estudo mais aprofundado – disse Mercadante, após participar do 24º Fórum Nacional na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O ministro adiantou alguns pontos do programa Alfabetização na Idade Certa, que deverá ser lançado em junho pelo governo. Será criado um exame nacional para estudantes de sete e oito anos, de todas as escolas públicas do país, para avaliar o seu desempenho em leitura e redação e matemática. A avaliação será nos moldes da Provinha Brasil, atualmente aplicada para crianças no segundo ano de escolarização da rede pública.

– Teremos uma avaliação diagnóstica, para orientação pedagógica, de leitura e redação e primeiras contas, com sete anos. E depois com 8 anos, para sabermos como foi a evolução do programa. E por que sete e oito anos? Porque o primeiro ciclo de formação continuada é entre sete e oito anos para o letramento. Então, as crianças que não estiverem prontas aos sete anos, ainda podem ser trabalhadas para que se viabilizem nesse processo com oito anos de idade. Estamos trabalhando para ter a adesão de todos os municípios e Estados. Vamos respeitar os projetos que já estão em andamento, fortalecer o que já está sendo feito e apoiar o que precisa ser apoiado.

Continua depois da publicidade