Santa Catarina é o Estado brasileiro que mais gerou empregos em janeiro. Ao todo, foram 18.317 novas vagas, saldo de 117.980 contrações e 99.663 demissões. O maior crescimento foi nos setores agropecuário e administração pública – 10,41% e 4,21%, respectivamente. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quinta-feira pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
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Em janeiro de 2013, o cenário foi parecido em SC, mas com melhor desempenho: 18.989 mil novos postos de trabalho. As áreas que mais criaram vagas foram as mesmas deste ano.
Em números absolutos, a indústria de transformação gerou 7.372 vagas, seguida pela agropecuária (4.742), serviços (3.862), construção civil (3.251) e administração pública (1.087). O único setor catarinense com recuo _ mais demissões do que contratações _ foi o comércio, com queda de 2.156 vagas.
De acordo com o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina (FCDL-SC), Sérgio Medeiros, o dado é reflexo das quedas de vendas dos meses de outubro, novembro e dezembro. Mas também há a interferência do trabalho temporário.
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– Há certa desconfiança do empresário com relação aos temporários. Quando o mercado não está bom, esse número é negativo.
Brasil tem desempenho positivo na indústria
O Brasil gerou 29.595 empregos formais em janeiro – 1.778.077 admissões ante 1.748.482 desligamentos. Semelhante a Santa Catarina, só o comércio recuou no mês passado, com queda de 78.118 postos de trabalho.
Outro cenário nacional parecido com o do Estado é área do setor da indústria de transformação, que teve maior crescimento nas admissões: indústria de borracha, fumo, couro, pele e similares, com 3,58%.
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Sobre o comércio, o ministro do Trabalho, Manoel Dias, destacou que há forte movimento de contratação em dezembro devido às festas de final de ano, mas que há dispensa em janeiro. Sozinho, o comércio varejista fechou 82.751 no mês passado.
Segundo o MTE, o bom desempenho do emprego na indústria de transformação derivou-se da expansão em 10 dos 12 segmentos que a integram.
Os ramos industriais que se sobressaíram foram indústria de calçados (mais 8.942 postos), indústria mecânica (+6.177 postos), indústria têxtil (+6.177) e indústria da borracha (+3.899 postos). Houve recuo na indústria de material de transporte (-1.092) e indústria de produtos alimentícios (-1.088).
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