Santa Catarina foi o Estado que teve a maior receita com exportação de frango no primeiro semestre do ano. A arrecadação aumentou em 12,37% no confronto com mesmo período de 2009 e atingiu US$ 920 milhões.
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Apesar do faturamento, Santa Catarina perdeu a primeira posição para o Paraná no ranking dos que mais exportam o produto. O estado vizinho vendeu para fora 477,3 mil toneladas da ave, alta de 0,71% ante os seis primeiros meses de 2009. A receita cambial somou US$ 780,5 milhões, com aumento de 14,25%.
Até abril, Santa Catarina assegurava a liderança entre os exportadores de frango. Fechou o semestre, porém, na segunda posição, com 476,1 mil toneladas embarcadas e queda de 5,33% nas exportações.
Em terceiro lugar, em volume e em receita, ficou o Rio Grande do Sul, com 377,9 mil toneladas, crescimento de 0,01% e US$ 621,3 milhões em receita, avanço de 14,68%.
Na análise nacional por participação, foram exportadas 943,2 mil toneladas de cortes, alta de 0,1%, com receita de US$ 1,643 bilhão, crescimento de 19,4%. Já de frango inteiro, o volume foi de 703,4 mil toneladas, aumento de 2,43%, com valor de US$ 1,019 bilhão, incremento de 16,5%.
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Os embarques de frango industrializado somaram 74,8 mil toneladas, com US$ 201,6 milhões e as carnes salgadas, 83,5 mil toneladas e US$ 246,9 milhões de receita cambial.
Números sinalizam recuperação do setor
Os dados foram divulgados nesta segunda-feira pela União Brasileira de Avicultura (Ubabef) e sinalizam para a recuperação do setor, após a crise mundial de 2009.
Embora tenha ocorrido uma ligeira queda no volume das exportações totais do país, a receita foi 15% superior a igual período do ano passado.
Segundo o presidente executivo da Ubabef, Francisco Sérgio Turra, o ponto positivo do setor no país foi não ter perdido mercado durante a crise mundial:
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– A receita foi melhor, mas a política cambial ainda afeta, se compararmos ao tempos de pré-crise – disse.
Neste primeiro semestre, o Brasil exportou 1.805 milhão de toneladas de carne de frango, contra 1.807 milhão no primeiro semestre do ano passado. Já a receita com as exportações subiu 15%, de US$ 2,697 bilhões para US$ 3,111 bilhões no período.
Turra classificou ainda como “promissora” a busca pela genética brasileira, com a procura por ovos férteis e pintos-avós, o que segundo ele, representa a possibilidade de novos negócios para o país.