Santa Catarina contabiliza 1.891 casos confirmados de dengue neste ano, de acordo com o último boletim da doença divulgado nesta quinta-feira (14) pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado (Dive/SC). A confirmação representa um aumento de 60 ocorrências até 19 de outubro, em comparação ao último levantamento feito pelo órgão, quando eram 1.831 casos até 05 de outubro. Também há outras 153 suspeitas sendo investigadas.
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Camboriú concentra 83% das novas ocorrências com 50 das 60 confirmações neste período de 14 dias. Logo atrás temos Navegantes com 3 novos registros e Florianópolis com dois. Dos outros cinco casos restantes, três ainda estão em análise para determinar o local de contaminação e dois foram tidos como indeterminados.
Do total de 1.891 casos confirmados até o momento, 1.687 são autóctones (transmissão dentro do estado), 139 casos são importados (transmissão fora do estado), 13 casos estão em investigação de local provável de infecção (LPI) e 52 são indeterminados – quando não se sabe onde ocorreu o contágio. Em comparação com o ano passado o número de casos é 32 vezes maior em 2019, já que no mesmo período de 2018 quando haviam sido confirmados 57 casos.
Litoral em epidemia de dengue
Atualmente três cidades do Estado estão em situação de epidemia de dengue, definida pela relação entre o número de casos confirmados e de habitantes. A Organização Mundial da Saúde (OMS) define o nível de transmissão epidêmico quando a taxa de incidência é maior de 300 casos de dengue por 100 mil habitantes.
O município de Itapema apresenta o maior número de casos contraídos no estado,são 697 com uma taxa de incidência de 1.102,0 casos por 100 mil/hab. Além de Itapema, Camboriú registrou 424 casos autóctones e incidência de 524,5 casos por 100 mil/hab, e o município de Porto Belo 115 casos autóctones com uma taxa de incidência de 552,0 casos por 100 mil/hab.
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Sintomas
Segundo a Dive/SC, normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta entre 39° e 40° C de início repentino e com duração de dois a sete dias, associada à dor de cabeça, fraqueza, a dores no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos.
O órgão ressalta ainda que em 50% dos casos manchas pelo corpo estão presentes, especialmente no rosto, tronco, braços e pernas. Perda de apetite, náuseas e vômitos. A recomendação é quem tiver esses sintomas deve procurar imediatamente o serviço de saúde e, caso já tenha sido atendido antes, deve voltar.
Cidades infestadas pelo Aedes aegypti
No Estado, 94 cidades permanecem sendo consideradas infestadas pelo mosquito Aedes aegypti, o que representa um incremento de 27% em relação ao mesmo período de 2018, que registrou 74 municípios nessa condição. A definição de infestação é realizada pela Dive/SC de acordo com a disseminação e manutenção dos focos. Veja no mapa:

Prevenção
– Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usá-los, coloque areia até a borda;
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– Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
– Mantenha lixeiras tampadas;
– Deixe os depósitos d’água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
– Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;
– Trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
– Mantenha ralos fechados e desentupidos;
– Lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana;
– Retire a água acumulada em lajes;
– Dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em banheiros pouco usados;
– Mantenha fechada a tampa do vaso sanitário;
– Evite acumular entulho, pois ele pode se tornar local de foco do mosquito da dengue;
– Denuncie a existência de possíveis focos de Aedes aegypti para a Secretaria Municipal de Saúde.