Emoção e euforia são as palavras que marcaram a noite de sábado no teatro da UFSC. Cerca de 1,4 mil fãs aguardavam ansiosos o início de um show que para muitos era cheio de significados. Na entrada, desde cedo, já havia pessoas à espera de Sandy, alguns para tentar de alguma forma um encontro com a cantora, outros para se reunir com aquela `turma do colégio¿. Com um público que a cantora classifica como sendo 60% remanescente da dupla Sandy & Junior, não foi difícil perceber que a faixa etária daquela noite seria dos 30 anos.
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Na porta, fãs clubes entregavam rosas vermelhas – que deveriam ser levantadas no momento da música `Moradas¿. O público se amontoava aguardando a liberação da entrada, embora o espetáculo fosse com cadeiras marcadas. Não foi difícil ouvir gritos histéricos durante a apresentação de Sandy, que abriu o show com a música que dá título a seu último trabalho _ “Meu Canto”. Assim como o combinado, no momento da canção `Moradas¿ o público surpreendeu a cantora, que inclusive dividiu esse momento em um vídeo no seu Instagram, como forma de agradecimento (ASSISTA AQUI).
O público que estava presente parecia saber cada pedacinho do show, e na verdade sabia. Sandy já havia anunciado que a apresentação seria exatamente o que estava no DVD, gravado no Teatro Municipal de Niterói, em novembro de 2015. A única diferença seria a falta dos convidados especiais, Tiago Iorc e Gilberto Gil. Sobre a parceria com o Iorc, a cantora não escondeu a felicidade do sucesso da música “Me Espera”, que está na trilha sonora da nova novela da Globo que estreia nesta quarta-feira _ Rock Story _, fato comemorado por Sandy antes de começar a canção.
Para os fãs, os motivos de comemorar eram outros: ficar pertinho do artista que embalou os sonhos de criança e adolescente e ainda ouvir canções que marcaram uma geração. Para muitos foi difícil conter as lágrimas. No fim da apresentação, logo depois do bis, o clima já era de quero mais.
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Repórter com uma missão
Sou daqueles 60% citados por Sandy – me julguem – e fui cobrir o evento, mas principalmente realizar o sonho de adolescente: ir ao show de Sandy & Junior. Faltou o Junior, mas não faltou emoção. Como jornalista tive o privilégio de participar da coletiva de imprensa antes do show, e claro, não perdi a oportunidade de registrar. Não foi selfie, e nem daria, afinal, eu tremia igual vara verde. Por precaução, pedi para alguém fotografar o encontro. Atenciosa, me deu alguns minutos para explicar a entrega de uma cartinha. Não, não era minha, mas de uma fã que não estava na lista dos 30 escolhidos para encontrar a artista no camarim. A carta completou 16 anos, foi escrita em 22 de maio de 2000, por uma amiga minha que, nas poucas linhas, descrevia o sonho de conhecer Sandy e do quanto ela significava na sua vida. Infelizmente não consegui realizar o encontro, mas cumpri a minha tarefa de entregar a carta em mãos.