Sem apresentar garantias do empréstimo de R$ 400 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a nova Arena Corinthians, o time paulista negocia com mais de uma instituição uma forma para receber a verba pública.
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Na quinta-feira, em visita às obras, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, garantiu não haver risco de os trabalhos pararem. Mas o ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, alerta: há possibilidade. Confira trechos da entrevista concedida, por e-mail:
Zero Hora – Como anda o processo de repasse da verba do BNDES? Será feito pelo Banco do Brasil, pela Caixa ou por outro banco?
Andrés Sanchez – Está sendo negociado com alguns bancos para fazer o repasse e isso ainda não foi solucionado. Espero que resolva o mais rápido possível, pois estamos no limite.
ZH – Ainda há risco de a obra parar?
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Sanchez – O risco de a obra parar ainda existe. Por isso o repasse tem que sair o mais rápido possível.
ZH – Por que a Odebrecht não quer dar garantias físicas ao Banco do Brasil?
Sanchez – A Odebrecht está dando as garantias de uma forma, mas querem outras e isso gera negociações.
ZH – Como está a negociação dos naming rights (direitos sobre o nome) do estádio? Vocês esperam aplicar essa verba para abater os gastos da obra?
Sanchez – Estamos negociando com algumas empresas e os valores e nomes não serão divulgados por enquanto. A Arena Corinthians é uma empresa privada e não iremos falar de que maneira a verba será aplicada.
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ZH – Há um prazo para negociar os naming rights? Há alguma restrição para a escolha do nome?
Sanchez – Quanto mais rápido for, melhor para todo mundo, mas não existe um prazo. Existem impeditivos legais para determinados nomes. É lei e tem que ser respeitada.
ZH – Conforme a coluna Painel FC (do jornal Folha de S.Paulo), Marco Polo Del Nero, presidente da Federação Paulista de Futebol, estaria tentando mudar a sede da abertura da Copa para Brasília. O que isso representaria para o Corinthians?
Sanchez – Eu desconheço isso. Mas é uma decisão deles. O Corinthians iniciou a obra do estádio para ele e sediar a abertura da Copa foi uma consequência.