As ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) voltaram a contar com médicos para atendimento de pacientes na Grande Florianópolis nesta sexta-feira (12), segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES). O serviço foi interrompido na região durante a manhã devido à falta de profissionais.
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De acordo com um documento ao qual a NSC TV teve acesso, os médicos que trabalham para a empresa responsável pelo serviço no Estado estão de atestado médico ou em férias.
Em nota, a SES informou que, assim que a instabilidade nos atendimentos foi identificada, um Comitê de Crise foi criado para cordenar as ações. Ainda segundo a pasta, na tarde desta sexta-feira, as quatro Unidades de Transporte Avançado estão com seu funcionamento restabelecido, assim como o atendimento aéreo por meio do helicóptero Arcanjo.
Segundo apurado pelo Hora de SC, três médicos foram realocados para fazer o atendimento, sendo que um estava de folga e outro faz parte do Arcanjo. Todos integram a equipe que atende a Grande Florianópolis, ou seja, não foi necessário deslocar profissionais de outras cidades.
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Por fim, a SES afirma que está tomando as medidas administrativas e judiciais necessárias sobre o caso. A situação também deve se normalizar às 19h, quando ocorrerá a troca de plantão entre as equipes, projeta o Estado. (veja a nota na íntegra abaixo)
Empresa alega que informou a SES
Segundo a OZZ Saúde, que administra o serviço em Santa Catarina, a falta de médicos ocorreu na troca de plantão desta sexta-feira (12) a partir das 7h. A empresa diz, ainda, que informou à SES, por meio de ofício, no dia 5 de novembro, sobre o problema com as escalas dos profissionais.
De acordo com o G1 SC, o documento alertava sobre as dificuldades na contratação de profissionais desde o anúncio da descontinuidade do contrato administrativo entre a empresa e o governo estadual. Nas últimas semanas, a empresa afirma que houve dificuldades na “cobertura das escalas, decorrente do aumento de faltas, combinado com a programação de férias”.
Houve três afastamentos de médicas gestantes, três médicos em cumprimento de férias, uma médica em férias por determinação judicial e médicos com rescisão indireta (judicial).
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Leia a nota da SES na íntegra:
“A Secretaria de Estado da Saúde (SES) monitora ininterruptamente os Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).
Ao detectar uma instabilidade nos atendimentos da Grande Florianópolis, na manhã desta sexta-feira (12), em um movimento sistemático, a SES estabeleceu um Comitê de Crise para coordenar as ações. Prontamente, foram deslocados médicos para que o atendimento fosse restabelecido imediatamente.
As quatro Unidades de Transporte Avançado (USA) estão com seu funcionamento restabelecido. Além disso, o atendimento aéreo por meio do Arcanjo também encontra-se em plena atividade.
A SES, como gestora e fiscalizadora do contrato, já está tomando as medidas administrativas e judiciais cabíveis até porque honra mensalmente as obrigações contratuais. É importante destacar que a população catarinense jamais ficou e ficará desassistida, garantindo o acesso a qualquer cidadão que precisar do SAMU SC, que é essencial e uma referência no país”.
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Veja a nota da OZZ Saúde na íntegra:
“Desde o anúncio oficial pela SES sobre a descontinuidade do contrato com a OZZ Saúde e a informação do retorno de uma Organização Social para a gestão do SAMU SC, a empresa vem encontrando dificuldades para a cobertura de plantões médicos, onde o número de demissões, atestados e abandono de plantões vêm aumentando consideravelmente.
Realizamos a notificação para a SES com relação a essa situação, já prevendo um cenário conturbado, e solicitando uma abertura para contratação de plantões através de modelo PJ para suprir essa demanda, porém não tivemos retorno.
Tal situação e preocupação também fora alertada pelo TCE, manifestando sua preocupação com os impactos da transição. A OZZ Saúde tem de todas as formas buscado alternativas para que a população continue assistida e que os atendimentos não sejam afetados com a mudança de gestão”.
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