Após ser interditado pela Vigilância Sanitária de Florianópolis por volta das 13h20 de quarta-feira, a base do Samu continuava em atendimento na manhã de quinta-feira quando fiscais estiveram novamente na unidade e impediram o funcionamento das ambulâncias no local. As viaturas e equipamentos foram então retirados do prédio. De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado, o serviço não vai parar e as viaturas devem operar a partir das unidades do Corpo de Bombeiros, em Florianópolis.

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As três viaturas do Samu que fazem o atendimento na Capital foram distribuídas nas unidades do Corpo de Bombeiros do bairro Estreito, Trindade e Barra da Lagoa, sendo que ainda podem ter alterações. Um novo local para funcionamento da base está sendo avaliado pela Secretaria de Saúde que pretende alugar um imóvel, na Capital.

Um prédio no bairro Trindade seria uma das possibilidades, mas após manifestações contrárias da associação dos moradores o contrato não foi realizado. A Secretaria não soube informar por quanto tempo as ambulâncias atenderam nas bases do Corpo de Bombeiros, mas o Estado garante que o atendimento à população não será prejudicado, as emergências continuam sendo atendidas pelo telefone 192.

A continuidade dos serviços na base do Samu, mesmo após a interdição na quarta-feira deve gerar penalidades para o Estado. De acordo com o gerente da Vigilância Sanitária de Florianópolis, Artur Jorge Amorim, após a constatação de que as atividades não foram interrompidas, foi aberto um processo que será julgado.

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A interdição da sede do Samu ocorreu após a emissão de limiar da Justiça, no início de setembro. Desde 2005, a Vigilância Sanitária Municipal fez várias autuações em razão da precariedade das instalações.

– As péssimas condições da estrutura física do serviço, as instalações não adequadas para armazenamento de remédios, além do despejo de resíduos na rede fluvial- cita Amorim.

O gerente lembra ainda que assim que o novo local for definido, deverá passar por uma nova inspeção da Vigilância Sanitária, assim como serão vistoriadas também as unidades utilizadas emergencialmente.

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Entenda o caso

:: No começo do mês, a Justiça determinou a interdição total do prédio do Samu em Florianópolis

:: A instalação, localizada na Rua Presidente Coutinho, no Centro de Florianópolis, é antiga e apresenta problemas. A vigilância Sanitária constatou uma série de irregularidades – como falta de higiene e segurança – que levaram ao pedido.

:: A vigilância Sanitária já fez várias autuações, desde 2005, apontando a precariedade do prédio. Uma liminar de dois anos atrás determinava que o Estado fizesse adequações do local, porém nada foi feito.

:: Uma ação civil pública contra o Estado tramita desde 2008, mas o Ministério Público diz que o Estado não cumpriu as exigências da vigilância em adequar o prédio

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