Em 29 de maio de 1919, Friedenreich se transformou no primeiro herói do futebol brasileiro ao marcar o gol que deu a vitória ao Brasil sobre o Uruguai na decisão da Copa Sul-Americana. Esse triunfo histórico, no Estádio das Laranjeiras, no Rio de Janeiro, inspirou Pixinguinha a criar o choro “1×0”. Esse foi o pontapé inicial na relação música e futebol no Brasil, uma história de belas canções e homenagens recíprocas.
Continua depois da publicidade
::: Confira notícias sobre o Campeonato Catarinense
::: Mais notícias do Avaí
::: Outras informações do Figueirense
Continua depois da publicidade
Florianópolis tem o samba nas veias e a trajetória de muitos dos craques de Avaí e Figueirense se confunde com a música na Capital. Sabarah e Jaíco são ótimos exemplos disso. Atletas de fama da década de 70, hoje são mais conhecidos pelo trabalho com o samba.
Música antes dos treinos
Sabarah é intérprete da Unidos da Coloninha, escola de coração dele e que tornou o ex-meia do Leão e do Furacão famoso na cidade.
– A música sempre esteve na minha vida. Na época de jogador eu, Jaíco e Veneza chegávamos uma hora antes do treino para tocar música no vestiário. Era um momento de união do grupo – lembra Sabarah.
Continua depois da publicidade
Jaíco não é dos vocais. O ex-zagueiro foi presidente da Embaixada Copa Lord duas vezes e hoje é conselheiro da escola de samba do Morro da Caixa. Seu irmão, Caco, foi ponta-direita do Figueirense e hoje também está envolvido no Carnaval, pela Coloninha.
– Toda a família é envolvida com o Carnaval desde pequena. A Copa Lord tem 60 anos e desfilo nela há 54. Meu outro irmão, Celinho, é compositor da escola e até escreveu uma música homenageando todos os jogadores da minha época – recorda Jaíco.
O samba continua ditando o ritmo da bola na cidade até hoje. As torcidas organizadas de Avaí e Figueirense têm bloco carnavalesco. Ou seja, não tem como escapar da música na Capital.
Continua depois da publicidade
? Veja a música completa de No tempo de Caco, cantada por Celinho
– Eu não troco futebol e música por nada. Mas uma coisa que o futebol tem que absorver rapidamente do samba é a paz. No Carnaval não tem essa de desrespeitar quem é da outra escola – pede Sabarah.
Hoje o futebol, que um dia foi profissão, é apenas prazer. Já o samba, às vezes, é preocupação:
– Torço para todas as escolas irem bem na avenida, não gosto de ver um carro com problemas. Isso dói no coração – confessa Jaíco.
? Confira a galeria de fotos com Sabarah e Jaíco