A menor dependência de apenas uma estação de tratamento é fundamental para que Blumenau não seja tão afetada quando há situações como a que ocorreu na madrugada desta quinta-feira, quando uma bomba de captação de água quebrou e o equipamento reserva estava no conserto.
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Situações como essa, mesmo que atípicas, seriam amenizadas se não existissem mais estações de tratamento, avalia a professora da Universidade Federal de SC e doutora em Engenharia Hidráulica e Saneamento Katt Regina Lapa.
Hoje a ETA II concentra 75% da capacidade de abastecimento da cidade, seguida pela ETA do bairro Garcia. A estação que abastece a região Sul ajuda em casos de pane na ETA principal. Katt explica que geralmente cidades menores, como Blumenau, tendem a concentrar a captação e tratamento porque é custoso construir e manter várias estações.
:: Previsão é de abastecimento seja normalizado totalmente apenas na segunda-feira
Blumenau não está sozinha ao concentrar a produção de água potável. Mário Tachini, engenheiro sanitarista e ambiental e professor da Furb conta que cidades como Florianópolis, Joinville e Brusque concentram quase toda a captação e tratamento de água em apenas uma estação.
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Praticamente toda a água que abastece a Capital e vizinhança, por exemplo, sai de Santo Amaro da Imperatriz, a cerca 30 quilômetros da ilha, exemplifica Tachini.
O diretor de operações do Samae, Maurício Carvalho Laus, reconhece a necessidade da construção de uma nova estação, especialmente na região Norte de Blumenau. O diretor de operações estima que uma estação com metade da capacidade da ETA II custe até R$ 20 milhões, dependendo da localização.
– Hoje a ETA II está com a capacidade quase esgotada. Em cinco ou 10 anos não dará mais conta. Pensamos e chegamos a checar dois locais, mas precisamos colocar os projetos em prática – constata Laus.