Para otimizar a questão da distribuição de água na cidade, o município foca na ampliação dos reservatórios. Para uma cidade do tamanho de Blumenau, a estimativa é de que seja necessário um total de 50 milhões de litros de água armazenados. Hoje, a cidade consegue alcançar pouco mais da metade desse índice, 26 milhões de litros, de acordo com o Samae. Por conta disso, a construção de três novas estruturas são prioridade para 2019, segundo Cleverton João Batista, diretor-presidente da autarquia.

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No ano que vem, iniciam as obras para a construção de reservatórios na Rua dos Caçadores, na região da Fortaleza e também na Itoupavazinha. O investimento de R$ 18 milhões, virá de um financiamento junto à Caixa Econômica Federal.

Com três novas estruturas, Blumenau vai aumentar para 33 milhões de litros o potencial de reserva de água. Mesmo assim, o volume fica abaixo do ideal. Por conta disso, já há estudos para a construção de mais dois reservatórios, na Itoupava Norte e na Itoupava Seca. Essa ideia ainda está em fase de projeto, mas a tendência, de acordo com o Samae, é de que o trâmite tenha andamento a partir do ano que vem.

Além do armazenamento, o Samae também se debruça sobre o desafio da distribuição. Batista explica que a produção de água tratada não é um empecilho para o Samae, mas admite que levar o produto, principalmente para as regiões mais altas é uma das dores de cabeça da autarquia – só para se ter ideia, o município tem cerca de 200 equipamentos para o bombeamento da água, seja para morros ou para regiões mais distantes.

– Nossos problemas ainda são os pontos mais altos, principalmente na região Norte da cidade, e em pontos mais distantes, como em algumas partes da Velha. O relevado acidentado e a dimensão territorial nos trazem esses problemas. Hoje toda a cidade tem água, mas em alguns locais o abastecimento é mais complicado – explica o diretor-presidente do Samae.

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O objetivo da autarquia é manter o número de renovação da rede de abastecimento de água, aproximadamente 15 quilômetros por ano. Um dos focos desse trabalho será o bairro Escola Agrícola, que em 2018 registrou problemas principalmente por conta da tubulação antiga. Na avaliação de Batista, um dos novos reservatórios já ameniza o problema na região, mas admite que trocar a estrutura embaixo da terra é essencial.

– Temos uma rede antiga, principalmente na Rua Benjamim Constant, e queremos trocá-la. Primeiro para reduzir o número de manutenções, já que o material lá é antigo e nem existe mais no mercado. Segundo para melhorar o abastecimento na região. É algo que está em fase de projeto – afirma o diretor-presidente da autarquia.

– O reservatório da Rua dos Caçadores vai amenizar isso, já que hoje o reservatório da Escola Agrícola precisa dar conta da demanda de toda a região – completa.

Reestruturação da ETA 2

Construir uma nova estação de tratamento de água, pelo menos por enquanto, não é uma necessidade para o município. Melhorar a estrutura daquela que mais atende a população, sim. Responsável por abastecer 70% da cidade, a ETA 2, localizada na Rua Bahia, deve ser reestruturada. O objetivo é melhorar a tecnologia e aumentar a capacidade de produção da água tratada e não se descarta a construção de uma nova estação, anexa à estrutura atual.

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