O superávit comercial no mês de março, divulgado nesta segunda-feira pelo governo, é o maior para o mês desde 2007, segundo a secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Tatiana Prazeres.
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Ela ressaltou que, apesar de não ser recorde, tanto as exportações quanto as importações foram as maiores para os meses de março. No mês passado, o saldo foi de US$ 2,019 bilhões, com as exportações somando US$ 20,911 bilhões e as importações, US$ 18,892 bilhões.
As exportações de produtos básicos foram as principais responsáveis pelo resultado positivo da balança comercial, segundo o MDIC. Na comparação com março de 2011, as vendas de bens primários cresceram 10,4%, chegando a US$ 10,1 bilhões, quase a metade do total de US$ 20,9 bilhões embarcados no mês.
Já as vendas de bens intermediários caíram 15,5% na comparação com março de 2011, ficando em US$ 2,4 bilhões.
– Houve uma queda expressiva das exportações brasileiras de açúcar para a Rússia. Esse item puxou para baixo o desempenho brasileiro de semimanufaturados – avaliou Tatiana.
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As exportações de produtos manufaturados expandiram apenas 1,5% no período, para US$ 7,9 bilhões. Segundo a secretária de Comércio Exterior do MDIC, o desempenho foi influenciado pela queda de 29% nas vendas de automóveis para a Argentina.
Cenário externo
Para Tatiana, ainda há sinais pouco claros sobre o cenário internacional em relação à tendência de comércio.
– O cenário é de incertezas no âmbito nacional, refletindo sobre a balança comercial brasileira – comentou.
Ela destacou que a União Europeia, por exemplo, tem dados sinais “pouco claros”, com variações de um mês para o outro dentro de uma mesma região.
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– O que nos chama atenção na União Europeia é a queda para mercados relevantes como Alemanha, Itália e Espanha – disse.
Acrescentou, porém, que, para outros países, como Irlanda, Portugal e França, o Brasil tem conseguido ampliar as exportações.