Pesquisa do Ministério da Saúde divulgada em 2009 mostrou que 34% das mães com bebê menor de um ano e que trabalham fora de casa não amamentam mais a criança. Entre as mães que não trabalham fora, esse índice é de 19%. A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que o aleitamento materno seja exclusivo até os seis primeiros meses de vida do bebê e que seja mantida a amamentação até os dois anos de idade ou mais.

Continua depois da publicidade

Para que a mãe que volta a trabalhar continue amamentando seu filho, o Ministério da Saúde, juntamente com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SPB), tem incentivado as empresas a implantarem salas de apoio à amamentação. Uma ação recente é a criação de um documento, em parceria entre os ministérios da Saúde e do Planejamento, para mobilizar as empresas estatais a implantarem esse tipo de ambiente.

Em 2010, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) regulamentou a implementação das salas de apoio à amamentação nas empresas por meio da Nota Técnica Conjunta nº 01/2010. A sala não exige uma estrutura complexa. Por isso, sua implantação e manutenção são de baixo custo e trazem benefícios a todas as partes.

– O bebê continua recebendo o leite materno, que possui anticorpos que previnem doenças, a mulher falta menos ao trabalho porque seu filho adoece menos e as empresas demonstram valor às suas funcionárias ao reservar um espaço neste momento tão especial – diz a coordenadora de Aleitamento Materno, Fernanda Monteiro.

Como funciona

Continua depois da publicidade

As salas de apoio à amamentação são espaços dentro da empresa em que a mulher, com conforto, privacidade e segurança, pode esvaziar as mamas, armazenando seu leite em frascos previamente esterilizados para, em outro momento, oferecê-lo ao seu filho. Esse leite é mantido em um freezer a uma temperatura controlada até o fim do dia. Cada recipiente é etiquetado, identificando o nome da mãe, a data e a hora da coleta. No fim do expediente, a mulher pode levar seu leite para casa para que seja oferecido ao filho ou pode ainda doá-lo a um Banco de Leite Humano.