Maior evento automotivo do mundo, o Salão de Frankfurt é o reflexo da nova realidade financeira global. Com a reativação da economia americana e o avanço dos países emergentes na contramão das dificuldades europeias, os carrões de luxo e os esportivos garantem o crescimento das marcas premium com modelos cada vez mais econômicos, sem comprometer o desempenho, ou movidos por fontes alternativas de energia. Com poucas novidades, os fabricantes dos veículos de massa recorrem às versões elétricas e híbridas. Os 1,3 mil expositores do 65º Salão do Automóvel de Frankfurt, dos quais mais de 300 são de veículos, mostram nos 11 pavilhões do centro de feiras da cidade a evolução de tecnologias que promovem a sustentabilidade e a convivência entre o homem, a máquina e o ambiente.
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A ousadia da diversidade
A inovação com propostas que muitas vezes ficam apenas no papel estão distantes de Frankfurt.
A maioria dos carros mostrados com novas tecnologias está a caminho das linhas de montagem ou já em produção.
Os elétricos e híbridos estão em quase todos os estantes, com os fabricantes buscando novos conceitos de propulsão. A PSA Peugeot Citroën desenvolve para seus carros compactos sistema baseado na combinação do motor a combustão com um propulsor hidráulico a ar comprimido, para ser usado no trânsito urbano.
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Os fabricantes aperfeiçoam as arquiteturas, o uso do aço e de novos materiais para reduzir o peso dos veículos, como ocorre com o Audi A3 ou o VW Golf, que ficaram cerca de cem quilos mais leves em relação à geração anterior.
Os principais desafios estão no aumento da autonomia, na diminuição do peso e no custo das baterias, que ainda restringem a popularização dos elétricos. A velocidade foi resolvida, com modelos já chegando a 150 km/h. A Lexus tem praticamente toda a sua gama com opção híbrida. A eletrônica embarcada ajuda cada vez mais na condução.
Gilberto Leal viajou a convite da Anfavea