Um projetor do antigo Cine Mogk faz charme na entrada da nova sala de cinema de Pomerode. A peça, parte do acervo de patrimônio público da cidade, foi usada nas décadas de 1950 e 1960, época que deixou saudade nos corações dos moradores da cidade e que o novo espaço pretende resgatar.

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Após mais de 40 anos sem dispor de salas comerciais de exibição, a população pomerodense volta nesta quarta-feira a entrar em contato com a produção cinematográfica nacional e mundial através de um ambiente público criado no Centro Cultural de Pomerode, denominado Cine Clube Diversidade Cultural (Rua Hermann Weege, 111, no Centro).

Curt Artur Weege, 89 anos, foi o primeiro cobrador dos bilhetes do antigo Cine Mogk. Simpático e bem disposto, o pomerodense lembra com saudade da época em que cobrava o “tutu” das pessoas que frequentavam o cinema:

– Era um prazer trabalhar no cinema, podia fazer chuva, ou sol, eu estava lá, recebendo as pessoas.

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Segundo Weege, em meados de 1945 surgiu o primeiro cinema de Pomerode, em um hotel em frente ao restaurante Shoroeder, no Centro da cidade. Embaixo dele havia um salão de baile que, com o tempo, foi usado como sala de cinema. Na época, as cadeiras em que os cinéfilos sentavam eram de palha. Depois, o local recebeu melhorias e foi transformado no Cine Mogk:

– Cinema é uma cultura muito boa. Era o que faltava para Pomerode – comenta, com um sorriso de satisfação o bilheteiro, feliz por participar desta nova fase do cinema na cidade natal.

A sala de cinema, instalada no prédio principal, tem capacidade para 83 lugares, sendo 75 poltronas e mais oito áreas para pessoas com necessidades especiais. Os filmes serão rodados através de um aparelho de DVD.

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A proposta é ter como espaço aberto para exibição de filmes culturais, no formato de cineclube. Haverá exibições todas as terças-feiras (confira a programação ao lado), com entrada franca.

Lembranças projetadas

A educadora Roseli Weege Krieger, 57 anos, se emociona ao lembrar da importância do cinema na infância, da lembrança do pai como bilheteiro, e comenta que o momento é muito especial. Pessoas que não tem como se locomover para as outras cidades terão a oportunidade de assistir filmes. Escolas poderão agendar horários para os alunos; crianças, adultos e idosos poderão curtir a sétima arte em família:

– Culturalmente é uma grande oportunidade para a cidade, e uma forma de matar a saudade do cinema nos mais velhos.

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>>> Leia a matéria completa no caderno Lazer no Santa desta quarta-feira <<<