Saída do PSDB do atual governo e dispensa de marqueteiro do PSD agitam bastidores da campanha pelo segundo turno em Blumenau

A menos de três semana do segundo turno, as coligações de Jean Kuhlmann (PSD) e Napoleão Bernarde (PSDB) começam a calibrar as estratégias, avaliando o que deu ou não certo na primeira etapa da campanha. Nesta segunda-feira à tarde, Chico Malfitani, marqueteiro dos pessedistas, foi dispensado. À noite, os tucanos deixaram o governo de João Paulo Kleinübing (PSD).

A saída do jornalista e publicitário Chico Malfitani da coordenação da propaganda eleitoral de Jean Kuhlmann foi divulgada junto ao anúncio do sucessor. O presidente do diretório do PSD, Nelson Santiago, se licencia temporariamente da presidência do Badesc para dedicar-se à tarefa.

Malfitani diz que o estopim para a dispensa foi o vídeo divulgado na televisão quinta-feira, antes da eleição. A produção mostrava um casal conversando sobre o quanto seria bom se a eleição terminasse no primeiro turno para que pudessem aproveitar melhor a Oktoberfest, que começa nesta quarta-feira.

– A propaganda foi veiculada apenas um dia. A performance do Jean nas urnas não foi surpresa, já era apontada pelas pesquisas feitas antes mesmo desta propaganda. Desde o início da campanha, enfrentei resistência interna, mas saio com a cabeça erguida – desabafou o marqueteiro.

Se no que diz respeito à campanha o PSDB garante que não vai mexer em nada, o mesmo não ocorre em relação ao cenário político do qual fazem parte. Após reunião ontem à noite, a executiva do partido decidiu deixar o governo Kleinübing. O presidente em exercício da sigla, Raimundo Mette, diz que o desembarque é necessário para evitar constrangimento dentro da administração, agora que os dois candidatos são adversários diretos:

– A partir de amanhã, os dois secretários (Valdair Matias e José Bahls de Almeida) e os 27 servidores comissionados deixam seus cargos – garantiu, dizendo ainda que, se o prefeito concordar, o partido se dispõe a ficar entre dois e três dias conduzindo a transição dos cargos para evitar que os projetos em andamento sejam prejudicados.