Com a colaboração dos leitores via WhatsApp, o Diário Gaúcho conheceu diversas histórias de pessoas que guardam moedas em cofrinhos dentro de casa ou no trabalho, pelas razões mais variadas possíveis.

Continua depois da publicidade

Um dos casos é o da confeiteira Edilene da Silva Campos, 34 anos, que tem como hábito juntar dinheiro para ajudar nas festas de fim de ano. No entanto, desde o início do ano passado, a motivação é diferente: desta vez, ela quer pagar parte da festa de 15 anos da filha Dauana Campos Lópes, que será em fevereiro de 2016.

– Normalmente consigo juntar R$ 500 por ano, mas como estamos guardando desde janeiro de 2014, espero que dê mais de R$ 1 mil – contou a moradora da Vila Cledir, em Gravataí.

Preço do imóvel tem menor alta desde 2010

Continua depois da publicidade

Quem também faz parte do time que adere aos cofrinhos é o pintor Jefferson William Ferreira Silva, 31 anos. Desde 2004 o morador de Alvorada junta as moedas que sobram todos os dias – do troco do mercado ao excedente da passagem de ônibus. Inicialmente, a ideia era ajudar nas despesas do seu casamento. Hoje em dia, já casado, o porquinho em que guarda os trocados serve para comprar presentes para o aniversário da filha Millena, quatro anos.

– Acho que é uma forma de aproveitar as moedas e não ficar andando com elas – disse.

Neste ano, no dia em que o cofrinho seria quebrado, Jefferson falou à filha que iria matar o porco para pegar as moedas. Millena não gostou e, para a sorte do pai, quando deu a primeira martelada, o porquinho se partiu em dois, sem se espatifar, o que possibilitou a colagem para usá-lo novamente.

– Mexi com ela que tinha conseguido operar o porco e que ele ia dar mais dinheiro pra nós – brincou.

Continua depois da publicidade

Leia mais notícias do dia

É vantajoso guardar dinheiro em casa?

Para o educador financeiro Adriano Severo, o ideal é guardar em casa apenas um valor para emergências. Ele explica que o dinheiro que não é investido vai se desvalorizando, em razão da inflação, que eleva o preço dos produtos. Por isso, aconselha:

– O melhor é procurar um fundo de investimento e verificar, no próprio banco, se ele rende mais que a poupança. Claro, já descontado o imposto de renda.

Adriano ainda ressalta que existe um tipo de investimento ideal para cada pessoa, o que inviabiliza estabelecer qual a melhor forma de ganhar dinheiro com estas aplicações. Mas também explica que entre deixar o dinheiro em casa ou em uma poupança, a segunda opção ainda é preferível.

Continua depois da publicidade

Aposentada de Gravataí ensina como economizar água

– Quando a pessoa não sabe onde aplicar, até pode deixar na poupança. É melhor do que deixar em casa, porque o dinheiro vai valorizar, mas em medida parecida a alta dos preços. Em casa a pessoa estará perdendo dinheiro – salienta o especialista.

Sobre a circulação de moedas no mercado, ele afirma que, teoricamente, se todos juntarem moedas em casa atrapalha a circulação. Mas, na prática, o educador financeiro diz que isso não se aplica:

– Uma hora ou outra a pessoa vai acabar colocando essas moedas em circulação de novo.

A dica deixada por Adriano é se programar com o máximo de antecedência, ver o tempo que ainda resta para a data na qual se pretende gastar o dinheiro e calcular quanto precisa. Para que, assim, possa juntar o valor necessário.

Continua depois da publicidade

Curta a página do jornal no Facebook