Aguardada com ansiedade por todo o Brasil desde que estourou o escândalo de corrupção na Petrobras, a lista de políticos suspeitos de participar da fraude foi divulgada na noite desta sexta-feira pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a abertura de 21 inquéritos que vão investigar políticos reunidos em uma lista, que inclui 12 senadores e 22 deputados (sem contar políticos que não tem mais mandato).

Ao todo, 47 políticos passarão a ser investigados a partir de agora e, se denunciados, serão julgados pelo STF: 32 do PP, 7 do PMDB, 6 do PT, 1 do PSDB e 1 do PTB. Na relação, há seis políticos do Rio Grande do Sul, todos ligados ao PP: os deputados Afonso Hamm, José Otávio Germano, Jerônimo Goergen, Luiz Carlos Heinze e Renato Molling e o ex-deputado Vilson Covatti. Além destes, o possível envolvimento do ex-ministro Antônio Palocci será investigado pelo tribunal de origem. O lobista Fernando Baiano, e o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, também serão investigados.

Teori também acatou outros sete pedidos de arquivamento feitos pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

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Conheça os próximos passos da investigação a partir da lista

Entenda as diferenças entre o mensalão e a Lava-Jato

Confira os perfis dos políticos que serão investigados

Políticos que tiveram processos arquivados (não serão investigados):

PSDB

Aécio Cunha Neves (senador por Minas Gerais)

PMDB

Henrique Eduardo Lira Alves (ex-deputado pelo Rio Grande do Norte e ex-presidente da Câmara)

Alexandre José dos Santos (ex-deputado pelo Rio de Janeiro)

PT

Delcídio do Amaral (senador por Mato Grosso do Sul)

Políticos que tiveram processos remetidos a outros tribunais, onde poderão ser investigados:

PT

Antônio Palocci (ex-ministro)

Cândido Vacarezza (ex-deputado por São Paulo)

PP

João Pizzolatti (ex-deputado por Santa Catarina)

Pedro Corrêa (ex-deputado por Pernambuco)

Aguinaldo Velloso Borges Ribeiro (deputado pela Paraíba e ex-ministro)

Ciro Nogueira Lima Filho (senador pelo Piauí)

Janot: “Operação Lava-Jato chega a um momento crucial”

O critério definido por Janot para a investigação foi a citação dos políticos nas delações premiadas do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef, que revelaram à Justiça como funcionou o desvio bilionário na estatal. Nos casos em que não há indícios de crime, o procurador-geral pediu o arquivamento – Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Aécio Neves estão fora. Agora, os promotores e a Polícia Federal poderão iniciar uma nova etapa nas investigações.

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A cronologia da Lava-Jato: