Bruno Eustáquio Vieira, que estava foragido por cerca de três anos após ser acusado de matar a própria mãe, Márcia Lanzane, foi preso nesta segunda-feira (8) em Belo Horizonte, segundo informações do g1. O crime, que foi motivado por interesse na herança, aconteceu em dezembro de 2020, na casa da família em Guarujá, no litoral de São Paulo. Ele também foi tema do Linha Direta, programa de TV da Globo, neste ano.
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O crime
Márcia foi assassinada pelo filho em 21 de dezembro de 2020. Na época, as imagens de segurança da residência foram encontradas dentro do forno do fogão. A gravação evidencia, na data do crime, a mãe e o filho em luta corporal.
Durante o embate, os dois caíram no chão. Foi quando o jovem ficou por cima da mãe e começou a apertar o pescoço dela, além de distribuir socos.
Márcia não demonstrou mais reação e Bruno a deixou no quarto, fechando a porta. Nas imagens, é possível ver o criminoso se dirigir até à sala e sentar para assistir televisão.
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No dia seguinte, Bruno saiu pela manhã, supostamente para ir à academia. Ao retornar, acionou a polícia afirmando ter encontrado a mãe morta. Na época do crime, ele tinha 22 anos.
Investigação
Na época, o caso foi investigado pela Delegacia Sede de Guarujá. O inquérito policial que indiciava Bruno foi concluído no dia 31 de maio de 2021, cerca de seis meses após o crime. A prisão temporária foi determinada pouco tempo depois.
Agora, Bruno deverá ser levado ao Tribunal do Júri e não poderá aguardar o julgamento em liberdade, segundo decisão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP).
— Trata-se de crime extremamente grave e o réu não demonstra que pretende cooperar para a aplicação da lei penal. Logo, fica mantida a decisão que decretou a prisão preventiva do acusado — afirmou a juíza Denise Gomes Bezerra Mota, da 1ª Vara Criminal de Guarujá ao g1.
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O que diz a defesa de Bruno
No período do crime, o advogado Anderson Real Soares, responsável pela defesa de Bruno, encaminhou ao TJ-SP um documento que alegava que o laudo necroscópico apresentava contradições e informações incompletas. Além disso, destacou que não havia comprovação de que a motivação era a herança.
Para Anderson, as provas constatadas no processo não seriam suficientes para levá-lo a julgamento. “Provas produzidas unilateralmente pelos órgãos da acusação penal não servem para o processo penal e não podem basear condenações, muito menos suposições e teorias colocadas pela acusação”, escreveu.
O TJ-SP discordou da alegação da defesa e manteve a decisão de primeiro grau de que Bruno deve ser levado ao júri.
No documento, a defesa de Bruno solicitou ainda que o acusado não seja julgado por feminicídio. Segundo Anderson, não há nada que indique que a motivação do crime estava relacionada ao fato da vítima ser mulher ou provas de histórico de violência doméstica.
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Até a última atualização da matéria, o advogado não havia sido localizado novamente pelo g1.
Após o crime, Bruno chegou a fazer publicações de luto nas redes sociais, lamentando a morte da mãe.
Veja fotos
*Sob supervisão de Luana Amorim
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