A influenciadora digital Aline Ferreira, 33 anos, morreu na última terça-feira (2) depois de ter passado por um procedimento estético na clínica Ame, de Goiânia (GO). Segundo o portal Correio Braziliense, a influencer pagou R$ 3 mil pelo procedimento. A dona do estabelecimento e responsável pelo serviço, Grazielly Barbosa, foi presa na quarta-feira (3), pela Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO).

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As investigações conduzidas pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon) revelaram que Grazielly não era biomédica, como dizia ser nas redes sociais e na clínica. A responsável pelo procedimento não tinha nenhuma formação superior.

Em depoimento, ela alegou ter cursado  três períodos de medicina em uma faculdade do Paraguai, mas trancou o curso há três anos. Questionada sobre a formação em biomedicina, a autuada negou a especialização e disse ter concluído cursos “livres” para atuar na área.

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Procedimento de aumento de glúteos

Inaugurada em novembro de 2023, a clínica disponibilizava uma variedade de tratamentos estéticos, incluindo o popular bioestimulador de glúteos. Segundo relatos de testemunhas à polícia, Grazielly havia iniciado recentemente a oferecer este procedimento na clínica. Aline Ferreira, que descobriu o serviço através de recomendações, viajou de Brasília para realizar a cirurgia.

A influencer adquiriu um pacote de R$ 3 mil que incluía três sessões para a aplicação de 90ml de gel nos glúteos. A primeira sessão aconteceu na tarde de domingo, dia 23 de junho. Ela estava acompanhada de uma amiga que já havia passado pelo mesmo procedimento.

— Essa amiga nos revelou que a proprietária da clínica não discutiu sua formação profissional ou os possíveis riscos do procedimento em nenhum momento. Ao invés disso, ela assegurou que era um processo tranquilo e simples, que já havia sido realizado em outras pacientes — declarou Débora Melo, delegada-adjunta da Decon, em uma coletiva de imprensa realizada na manhã de quinta-feira (4).

No mesmo dia em que o procedimento foi realizado, Aline começou a sentir-se mal, conforme relatado por seus familiares. Quatro dias depois, ela teve um mal-estar e desmaiou. Foi encaminhada ao Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) e, em 28 de junho, sofreu uma parada cardíaca. A família optou por transferi-la para um hospital particular do Distrito Federal, mas, em 30 de julho, ela teve uma segunda parada cardíaca. Infelizmente, na terça-feira, ela não resistiu e morreu. A causa da morte foi determinada como uma infecção generalizada.

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Grazielly será responsabilizada pelos crimes de exercício ilegal da medicina, realização de procedimento de alto risco e indução de consumidor ao erro. A Polícia Civil abrirá um inquérito para investigar o crime de lesão corporal seguida de morte e aguarda o laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Brasília para determinar a causa exata da morte.

*Sob supervisão de Andréa da Luz

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