Unidade de Pronto Atendimento, hospital e Unidade Básica de Saúde: os três serviços estão à disposição da população, mas cada um tem funcionalidades específicas, segundo o Ministério da Saúde. Em Santa Catarina, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) afirma que muitos dos pacientes que chegam aos hospitais do Estado têm quadros de baixa complexidade que poderiam ser tratados em UPAs – ajudando a desafogar hospitais, que estão com lotação há três meses.
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De acordo com a SES, entre os 47.287 pacientes atendidos no Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, até o fim de junho, 222 casos evoluíram e precisaram de leitos de Unidade de Terapia Intensiva. Esse número representa 0,46% do total. A secretaria afirma ainda que cerca de 50% dos casos que chegam à unidade são considerados brandos.
Afinal, quando o paciente deve buscar atendimento em UPAs, postos de saúde ou hospital?
Quando buscar o posto de saúde ou a Unidade Básica de Saúde (UBS)
De acordo com o governo federal, a Unidade Básica de Saúde (UBS), também chamada de posto de saúde, é o local onde os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) podem receber atendimento médico para diagnóstico e tratamento de cerca de 80% dos problemas de saúde.
Nos postos de saúde, a população deve ter acesso a medicamentos gratuitos e vacinas, atendimento pré-natal, consultas ambulatoriais, acompanhamento de quadros de hipertensão, diabetes e outras doenças como tuberculose e hanseníase. Atualmente, Florianópolis conta com 49 Unidades Básicas de Saúde que são geridas pela prefeitura.
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Quando buscar o atendimento na UPA
Já a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) funciona 24 horas por dia e atende casos de urgência e emergência, de média a alta complexidade. Segundo o governo federal, a UPA tem em sua estrutura aparelho de raio X, eletrocardiografia, pediatria, laboratório de exames e leitos de observação. A UPA está diretamente ligada ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Quando buscar o atendimento em hospitais
Os hospitais devem ser procurados em situações de emergência quando há necessidade de internação, cirurgias, acompanhamento cirúrgico, exames mais elaborados, maternidade, exames de imagem e casos mais complexos. O serviço funciona 24 horas por dia e prioriza casos com de risco à vida, acidentes graves, neurocirurgia, oftalmologia e acidente vascular cerebral, por exemplo.
Santa Catarina vive alta nos atendimentos
Na última semana, a demanda de atendimentos em hospitais de Santa Catarina cresceu de forma rápida, sobrecarregando o sistema de saúde, e os casos de doenças respiratórias em crianças são considerados os principais responsáveis por este cenário crítico.
Como resposta à crise, a Secretaria de Estado da Saúde anunciou algumas ações, entre elas, a colocação de containerês na área externa do Hospital Infantil Joana de Gusmão, justamente para atender pacientes que buscam a unidade, mas que têm quadros de doenças considerados leves.
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Também na última semana, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) decidiu analisar a suposta deficiência nos atendimentos pediátricos feitos na rede de Atenção Básica de Saúde de Florianópolis. O objetivo é compreender se a rede estadual está sendo sobrecarregada com encaminhamentos para unidades responsáveis por atender as demandas de média e alta complexidade.
Segundo o Ministério Público, o atendimento ideal nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Pronto Atendimento (UPA) do município de Florianópolis poderia auxiliar na diminuição do fluxo de pacientes que buscam o Hospital Infantil Joana de Gusmão.
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