Como em boa parte do desenvolvimento infantil, cada etapa é diferente e exige um cuidado especial por parte dos pais ou responsáveis que passam a temporada de verão com as crianças na praia ou em piscinas. Os erros mais comuns estão relacionados ao excesso de exposição solar.

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– Um fato muito comum é ficar na praia ou ir para a praia entre 10 horas e 15 horas, achando que, se levar o guarda-sol e aplicar o filtro solar, não há problema – afirma a médica e presidente do Comitê de Dermatologia Pediátrica da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, Ana Elisa kiszewski.

Apesar da sensação de proteção, o guarda-sol não impede a exposição aos raios UV. Eles refletem na areia e/ou na água e acabam incidindo indiretamente na pessoa que está embaixo do guarda-sol. Por isso, na praia podem ocorrer queimaduras mesmo na “sombra” ou dentro da água. A aplicação do filtro solar também não impede de forma completa os raios UVA e UVB, ela apenas diminui a sua exposição.

– Não existe filtro solar que ofereça 100% de proteção, e deve-se ainda considerar que filtros com FPS 30 não são muito diferentes daqueles com FPS60. Por isso, é importante evitar os horários de maior concentração dos raios UVB, aplicar o filtro em quantidade adequada e reaplicar sempre que necessário – completa a médica.

Outro lembrete é aplicar o protetor mesmo em dias nublados, pois parte dos raios UV ultrapassam as nuvens e podem queimar. Além disso, deve-se proteger a pele mesmo que ela esteja bronzeada, pois a exposição dos raios UV continua a danificá-la mesmo que de forma não aparente.

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A formulação do filtro solar deve estar de acordo com a idade da criança. Assim, existem filtros para bebês (rótulo baby) e infantil (rótulo Kids ou Infantil). Isso é importante porque leva em conta a segurança de seus ingredientes e diminui o risco de reações alérgicas ao produto.

Recomendações:

– Bebês até os 6 meses: não é recomendado exposição solar prolongada. Na criança, considera-se que 15 minutos duas ou três vezes por semana são suficientes para a produção de vitamina D, sem o uso do filtro solar.

– Dos 6 meses aos 2 anos: a recomendação é utilizar somente filtros 100% físicos (filtro baby) e evitar a exposição solar excessiva.

– A partir dos 2 anos o recomendado é o uso de filtros solares infantis (filtro misto: físico e químico) e evitar a exposição solar excessiva. Em crianças, a queimadura solar deve ser evitada a todo custo. Os filtros em spray são práticos, mas a cobertura é seguidamente inadequada e por isso devem ser evitados.

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– É importante não esquecer de aplicar o filtro solar nas orelhas, nuca e nos lábios (bastão).

Fonte: Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul