O bairro onde você mora precisa de mais asfalto? As escolas são suficientes para atender à demanda de crianças? E as calçadas são acessíveis aos idosos? Aliás, como saber se há mais crianças ou idosos no seu bairro?

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>> Você sabe qual a origem do nome do seu bairro?

Algumas dessas perguntas podem ser respondidas pelo estudo Joinville Bairro a Bairro, da Prefeitura de Joinville. Para ajudar o leitor a visualizar melhor como está cada bairro em uma série de indicadores, “A Notícia” organizou as informações em rankings (veja na imagem abaixo).

>> Baixe o estudo Joinville Bairro a Bairro na íntegra

O leitor pode conferir se a renda média dos moradores é alta ou baixa e como o bairro está situado no contexto econômico da cidade. Algumas situações são óbvias, como a de que os bairros mais próximos do Centro têm a melhor renda ou percentual mais alto de ruas asfaltadas. Mas muitas comparações surpreendem e quebram preconceitos. Frases como “os bairros mais ricos são os que têm mais ruas asfaltadas” nem sempre se comprovam olhando os números.

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Eis um exemplo claro: o Adhemar Garcia, na zona Sul, tem um percentual mais alto de ruas pavimentadas (75%) do que o Costa e Silva (74%) ou a Zona Industrial Norte (70%). Porém, quando se compara a renda, o Adhemar Garcia aparece entre os primeiros bairros com maior percentual de população que ganha até três salários mínimos (93,26% da população do bairro), enquanto Costa e Silva e Zona Industrial Norte estão lá embaixo no mesmo ranking.

O levantamento também mostra o percentual de casas atendidas com abastecimento de água e energia elétrica. Neste ponto, todos os bairros têm praticamente 100% de cobertura.

Base para políticas públicas

Alguns números que podem ser considerados “curiosos”, na verdade, servem de base para políticas públicas. Em três bairros dos mais populosos da cidade – Ulysses Guimarães, Jardim Paraíso e Paranaguamirim -, praticamente um em cada três moradores tem menos de 14 anos.

A demanda escolar nestas regiões é muito maior do que no Centro, onde há salas de aulas vazias e até escolas públicas inteiras sendo desativadas por falta de demanda, como é o caso da Conselheiro Mafra.

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Há, ainda, cenários parciais, como o esgoto sanitário. O estudo mostra uma fotografia atual, ou seja, quase a metade dos bairros da cidade (21 dos 43) não tem nada de esgoto sanitário. Mas esta é uma informação que precisa ser relativizada. Segundo o próprio estudo, há uma série de obras em andamento. Se hoje é zero, em alguns anos uma nova realidade deve ser desenhada.

A organização dos dados é feita desde 2006 pela área de pesquisa e documentação do Instituto de Pesquisa e Planejamento para o Desenvolvimento Sustentável de Joinville (Ippuj).

O levantamento inclui detalhes sobre infraestrutura instalada (pavimentação, abastecimento de água, fornecimento de energia elétrica, coleta de esgoto sanitário) e uso do solo (onde é mais comercial, residencial, industrial e assim por diante).