As regras sanitárias para retomada do transporte coletivo de passageiros intermunicipal, a partir da próxima segunda-feira (8), foram definidas pela Secretaria de Estado da Infraestrutura e Mobilidade. Entre as determinações, estão a ocupação de até 50% da capacidade com os passageiros sentados, disponibilização de álcool 70% no interior dos veículos e desinfecção completa dos veículos após cada viagem.
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A liberação dos ônibus pelo governo, no entanto, não significa que todas as linhas voltarão a circular pelas estradas catarinenses. Compete a cada prefeito autorizar ou não a operação desses veículos em seu município. Em Florianópolis, por exemplo, ainda não há essa possibilidade.
Em entrevista ao Estúdio CBN Diário desta sexta-feira (6), o secretário de Infraestrutura do Estado, Tiago Vieira, explicou as principais determinações para a retomada do serviço e descartou qualquer reajuste no preço das passagens. Ouça a entrevista:
As preocupações se estendem aos terminais rodoviários, que só poderão ser acessados pelas pessoas que irão embarcar e funcionários, com distância de no mínimo 1,5 metro em áreas de atendimento ao público.
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O transporte interestadual continua suspenso. Também não estão liberados ônibus de fretamento, salvo casos pontuais autorizados pelas secretarias de Saùde e de Infraestrutura.
– É o caso de indústrias situadas nas nas dívidas com Paraná e Rio Grande do Sul – exemplifica Vieira.
Confira as principais regras para o transporte intermunicipal
– Obrigatório uso de máscaras por todos os passageiros e motoristas durante todo o percurso e nos pontos de ônibus
– Demarcar distância de segurança de no mínimo 1,5 metro nos terminais de embarque e desembarque ou locais destinados para fila, evitando a aglomeração de pessoas
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– Disponibilizar álcool 70% para a higienização das mãos no interior do veículo e nos guichês de atendimento ao público;
– Ao término de cada viagem, higienizar com álcool 70% ou produtos sanitizantes de efeito similar as áreas que possuam maior contato do usuário, como apoios de braço, maçanetas, pegadores e catracas;
– Realizar a desinfecção completa do ônibus a cada quatro horas de operação;
– Disponibilizar sabão líquido e álcool 70% no banheiro do ônibus, quando existir;
– Higienizar os guichês de atendimento com frequência;
– Colaboradores devem higienizar as mãos antes e após cada procedimento de cobrança ou atendimento, bem como as máquinas para pagamento com cartão;
– Recomendar que os trabalhadores que usam uniformes troquem a vestimenta antes de retornar para casa;
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– Evitar o uso de ar condicionado e, quando necessário, permitir a renovação do mesmo e ter filtro hepa. Realizar a limpeza e troca dos filtros conforme recomendações técnicas;
– Antes do início de cada turno de serviço, é obrigatório aferir a temperatura dos colaboradores, ficando vedado o trabalho daqueles que registrarem temperatura superior a 37,8°C;
– Priorizar a comercialização de bilhetes de passagem por internet ou meios digitais;
– Manter campanha de orientação e informação com as medidas de prevenção à COVID-19 nos terminais e na frota;
– Fixar no espaldar de cada poltrona um encarte com as orientações aos passageiros sobre etiqueta da tosse, uso da máscara, higienização das mãos e distanciamento social;
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As regras completas estão disponíveis no site do governo do Estado. https://www.sc.gov.br/noticias/temas/coronavirus/infraestrutura-regulamenta-regras-sanitarias-para-retomada-do-transporte-coletivo-de-passageiros-intermunicipal
Uber dos ônibus
O secretário também comentou a derrubada da liminar que impedia o serviço de fretamento da 4 BUs, apelidado de “Uber do ônibus”. Para Vieira, o entendimento que prevalece no momento é de que as empresas devem solicitar autorização ao Estado para realizar esse serviço. Em caso positivo, se aplicam as mesmas regras sanitárias determinadas para o transporte intermunicipal.
Ônibus de turismo
Sobre o protesto das empresas de ônibus de turismo, que se consideram prejudicadas pelo Estado, Vieira disse que representantes do setor estão conversando com governo do estado testado desde abril.
– Não faz sentido autorizar o transporte de fretamento se o setor não está ativo. Só estamos liberando transporte essencial, não para turismo ou entretenimento – justificou.
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