Quando as mães sabem quais hormônios influem na amamentação, correm menos risco de inibir a produção de leite acidentalmente. É o que defende o endocrinologista Mauro Scharf, diretor da Lâmina Diagnósticos por Imagem. Segundo ele, a adrenalina é um exemplo de hormônio que, em excesso, prejudica a amamentação. ]

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– Mães que estão passando por situações de estresse ou muita tensão produzem uma quantidade anormal de adrenalina, que bloqueia a ocitocina, fundamental à amamentação.

Ocitocina, explica o médico, é um dos hormônios do bem quando se fala em leite materno. Ele estimula a contração das células musculares, o que expulsa o líquido para fora dos alvéolos e o empurra para dentro dos ductos, além de contrair o músculo do útero durante e após o nascimento, o que ajuda o útero a voltar ao seu tamanho original e diminui o sangramento que uma mulher pode ter após o parto.

Outro agente benéfico é a prolactina, também conhecida como hormônio materno. Liberada a partir do cérebro para a corrente sanguínea da mãe, ela faz as células alveolares reagirem, produzindo o alimento.

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De acordo com Scharf, além desses dois hormônios fundamentais, há o estrógeno, que estimula o desenvolvimento dos ductos por onde o leite passa, e a progesterona, que atua no crescimento dos alvéolos e lóbulos.

– Não se pode deixar de citar que a liberação dessas substâncias é responsável, em parte, pelo intenso sentimento de uma mãe de que necessita estar com seu bebê -conta.