Por que Jean vai ganhar?

A Vitória da Continuidade

Do início ao fim da campanha eleitoral, Jean Kuhlmann (PSD) foi fiel ao projeto político que está em curso com o prefeito João Paulo Kleinübing há oito anos. Aproveitou os altos índices de aprovação do governo para prometer continuidade. Levou Kleinübing para a televisão nos programas eleitorais para passar confiança e dar garantia que Jean continuaria na mesma linha.

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No segundo turno, apesar das mudanças na coordenação, com a demissão de Chico Malfi tani e a entrada de Nelson Santiago, a campanha deu ênfase para a experiência de Jean. Desde 2004, quando se consagrou como o vereador mais votado, Kuhlmann foi preparado para ser o sucessor de Kleinübing. De lá para cá, foi eleito deputado estadual duas vezes e foi secretário estadual. Mas Kuhlmann saiu do primeiro turno com sensação de derrota.

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Esperava ficar atrás de Ana Paula Lima (PT), mas não de Napoleão Bernardes (PSDB). Precisou apostar nas diferenças e mostrar os pontos fracos do adversário para se fortalecer. Ao ampliar o discurso sobre as propostas, Napoleão manifestou interesse em trocar o local da nova ponte do centro. Era a brecha que Kuhlmann queria para se diferenciar.

Levou para a televisão especialistas que criticaram a alteração de Napoleão. Além disso, enfatizou que a alteração iria prejudicar o acordo com o BID. Jean escolheu Cesar Botelho (PMDB) para compor a chapa. Embora o vice tenha pouca experiência nas urnas – é sua primeira eleição – contribuiu com tempo de televisão e militância – o PMDB é o maior partido de Blumenau.

Por que Napoleão vai ganhar?

A Vitória da Renovação

Napoleão Bernardes (PSDB) conseguiu emplacar o espírito de renovação durante a campanha a prefeito de Blumenau e vendeu a ideia de ser a opção para a alternância no poder. Com ênfase no discurso e oratória aprimorada, ofereceu um choque de gestão à administração e a profissionalização dos cargos da prefeitura. Faz parte de uma nova geração da política de Blumenau.

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Já saiu vencedor no primeiro turno, quando contrariou pesquisas e derrubou a candidata do PT, Ana Paula Lima, para fora da disputa. Graças à divulgação de propostas, enquanto seus adversários discutiam sobre os governos do ex-prefeito Décio Lima (PT) e do prefeito João Paulo Kleinübing (PSD).

Nem quando cutucado entrava na divergência. Preferia apresentar soluções, sem destacar os problemas. Se no primeiro turno Napoleão foi calmo, no segundo turno foi quente. No dia seguinte à eleição, deixou a base governista, por coerência, já que disputa o cargo com o candidato do prefeito.

Depois veio o anúncio de que o PT indicou voto no candidato do PSDB. Kuhlmann não perdeu a oportunidade e foi ao programa eleitoral dizer que de um lado havia Napoleão e o PT e de outro, Jean e Kleinübing.

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O candidato mais uma vez usou a propaganda eleitoral para explicar que não tinha trocado apoio por cargos. Afirmou que a escolha do PT era voluntária. O vice Jovino Cardoso (DEM) foi o ponto fraco da aliança, embora tenha agregado votos. Alvo de críticas da oposição, garantiu a representatividade da Igreja Evangélica nas urnas no primeiro turno.