Depressão, baixa autoestima, intensas dores na região pélvica, sensação de peso antes da menstruação, cólicas fortes, intenso sangramento menstrual e incômodos durante e após as relações sexuais. Sintomas que são normalmente associados a doenças ginecológicas podem, na verdade, esconder uma disfunção ainda pouco conhecida, mas que acomete principalmente as mulheres depois dos 30 anos: as varizes pélvicas.
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Considerada a principal causa da dor pélvica crônica, esse tipo de varizes causa dor no útero, ovários e vulva. Segundo o especialista em cirurgia vascular periférica e tratamento a laser Ary Elwing, o problema é causado pelo hormônio feminino estradiol, que dilata as veias ovarianas e uterinas, principalmente em mulheres que já tiveram duas ou mais gestações, têm ovário policístico ou disfunções hormonais.
– Pesquisas na área mostram que um terço das mulheres já sentiu ou vai sentir algum tipo de dor pélvica. Então, é importante que os médicos estejam atentos aos sintomas porque, embora a doença não tenha cura, evitar um diagnóstico errado possibilita ao paciente ter uma vida normal e sem dores – explica o especialista.
Diagnóstico e tratamento
Muitas vezes, a doença é descoberta acidentalmente, durante uma ultrassonografia de rotina ou uma cirurgia abdominal. Entretanto, quando os sintomas são mais evidentes, o diagnóstico é simples, feito por ultrassom transvaginal ou por um exame chamado flebografia, que consiste na injeção de contraste para radiografar o sistema venoso.
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O tratamento pode ser feito de duas maneiras. Uma delas é igual ao realizado para as varizes das pernas, onde é utilizada a medicação flobotônica. Já nos casos mais graves, recomenda-se a embolização ou escleroterapia endovascular, que são métodos cirúrgicos que visam à remoção de todo o bloco varicoso.