Há duas semanas, Lucas Veronezi, 25 anos, chega em casa e não vê a cachorrinha Sophie recebê-lo animada, como era de costume. Ela foi levada junto com uma TV 43 polegadas, da casa da família no bairro Corridas, em Orleans, durante um assalto.

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– Fui trabalhar às 14h e quando voltei para o café às 17h, ela não estava mais lá. Levaram só a televisão e a minha cachorrinha. Fizemos um boletim de ocorrência, e a polícia está indo atrás, mas até agora não temos nenhuma notícia concreta – contou Veronezi.

Inconformado com o roubo da cachorrinha, o rapaz usou a página no Facebook – que contava as pequenas peripécias do animal de um ano e meio em fotos e vídeos – para tentar localizá-la. Nesta sexta-feira, a página tinha 1,2 mil curtidas e várias mensagens de apoio ao dono da pug.

A Secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina afirma que esse tipo de roubo não é comum e, por isso, não há um levantamento concreto sobre quantos ocorrem no Estado. Mas, de acordo com Veronezi, várias pessoas relataram situações parecidas em mensagens privadas, principalmente envolvendo cachorros de raça.

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– Ainda tenho esperanças em achar a Sophie. Essa raça de cachorro tem bastante páginas nas redes sociais e elas estão me ajudando a divulgar a foto da Sophie. Tem bastante gente mobilizada para achá-la. Não dá para perder a esperança – garante.

Roubo de animais entra em fila de investigações

De acordo com a Polícia Civil, se um animal de estimação for furtado/roubado, é necessário que se faça um boletim de ocorrência na Delegacia da região. Com os dados em mãos, a polícia inicia uma investigação nos mesmos moldes de outros roubos.

Os veterinários e donos de ONGs são quase unânimes ao afirmarem qual a melhor medida para prevenir a perda de seu bichinho: identificálo. E para isso existem duas opções: a coleira com identificação e o microchip.

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O microchip é uma cápsula antialérgica do tamanho de um grão de arroz que contém as informações do animal e do dono dele em um sistema semelhante a um código de barras. Ele pode ser aplicado como uma injeção em clínicas veterinárias.

– Ele é identificador, não rastreador. Mas já tivemos animais encontrados na rua trazidos aqui, que conseguimos achar os donos pelo microchip. O problema é que várias pessoas levam para casa e tentam achar o dono sem lembrar que ele pode ser microchipado – aponta Patrícia Silva, da Diretoria do Bem-Estar Animal de Florianópolis.

No Brasil, só é obrigatório o uso do microchip em animais exóticos ou muito visados, como gado. Já em cachorros, gatos e aves, essa obrigatoriedade não é nacional. Em Santa Catarina, cidades como Florianópolis e Joinville já fazem a exigência.

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O custo da aplicação do microchip é de cerca de R$ 100, mas na Capital, uma lei complementar garante a gratuidade para animais comprovadamente cadastros, animais de famílias de baixa renda e adotados de entidades de proteção a animais e do Canil Municipal.