O aumento no número de ocorrências causadas por águas-vivas nas praias catarinenses desperta atenção de banhistas no litoral. Santa Catarina registrou, segundo o Corpo de Bombeiros, mais de 16 mil queimaduras em menos de 60 dias no verão de 2022/23.
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Os dados analisados de 17 de dezembro a 5 de fevereiro revelam o aumento de 344% no número de ocorrências em comparação com a temporada de verão anterior (2021/22). Mas afinal, o que fazer ao ser queimado pelo por uma água-viva?
Conforme explica o professor responsável pelo laboratório de Biodiversidade Marinha da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Alberto Lindner, o mito de urinar após a queimadura não deve ser colocado em prática. Segundo ele, não há comprovação da eficácia da utilização deste e outras substâncias no auxílio da lesão. Por esse motivo, o melhor a se fazer é lavar o local apenas com água do mar.
Em Santa Catarina, duas espécies de águas-vivas foram vistas: caravelas e medusa. As caravelas, que vivem mais acima do mar, podem causar envenenamentos. Já a medusa, conhecida por seu formato de guarda-chuva”, é a responsável pelas queimaduras.
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Veja o que fazer após contato com água-viva
- Saia da água imediatamente, pois o envenenamento pode causar câimbras e causar risco de afogamento
- Lave o local com água do mar para retirar os restos de tentáculos
- Lave com vinagre por alguns minutos para desativar o veneno
- Ameniza a dor com a água do mar gelada ou gelo artificial envolto por panos
O que não fazer
- Não urine, nem use substâncias como álcool sobre a lesão
- Não lave com água-doce, pois pode aumentar o envenenamento
- Evite utilizar toalhas, areia ou outro material para retirar restos de tentáculos
Infográfico explica sobre as águas-vivas
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