Nesta quinta (29), o primeiro caso de febre oropouche foi confirmado no estado do Rio de Janeiro. De acordo com a Agência Brasil, o paciente é um homem de 42 anos que viajou recentemente ao Amazonas. A Secretaria de Saúde do RJ considera que ele contraiu a doença lá.

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Confundida com a dengue, a febre oropouche vem causando um surto na região amazônica. Já foram confirmados 1.674 casos desde o início do ano no Amazonas, mais do que o triplo do registrado durante todo o ano de 2023, quando foram 995 ocorrências no estado.

O Acre e Rondônia também registraram aumento dos casos da febre Oropouche. Surtos da doença têm sido registrados na região amazônica desde a década de 1970, mas houve um aumento da transmissão nos dois primeiros meses de 2024. A região concentra 98% dos casos em todo o país, segundo o Ministério da Saúde.

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Como identificar a febre oropouche

A doença é causada por um arbovírus do gênero Orthobunyavirus, da família Peribunyaviridae. A transmissão acontece por mosquitos, sobretudo pelo Culicoides paraensis e pelo Culex quinquefasciatus, conhecido popularmente como maruim.

A espécie se prolifera principalmente durante períodos de calor em ambientes úmidos, como em áreas próximas a mangues, lagos, brejos e rios. Os insetos estão também em espaços urbanos, onde há disponibilidade de água e matéria orgânica, sobretudo próximo a hortas, jardins e árvores.

Os sintomas da dengue e da Febre Oropouche são parecidos:

  • Febre alta;
  • Dores de cabeça, musculares e nas articulações;
  • Calafrios, às vezes acompanhados de náuseas, vômitos;
  • Erupção cutânea.

Um teste para detectar febre oropouche que vem sendo realizado em diversos estados do país foi desenvolvido pela Fiocruz Amazônia. Como não há tratamento específico para o vírus e nem uma vacina que combata a doença, os infectados pelo mosquito devem fazer uso, prescrito por médico, de analgésicos e antitérmicos comuns.

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