Segundo pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em torno de 65% dos idosos têm vertigem e, de maneira geral, 33% da população brasileira sofre o problema em algum momento da vida. A vertigem é o principal sintoma da labirintite, que é causada, por sua vez, por bactérias ou vírus alojados no ouvido.
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– A labirintopatia se manifesta em geral depois dos 40, 50 anos. Níveis altos de colesterol, triglicérides e ácido úrico podem acarretar em mudanças dentro das artérias, reduzindo a quantidade de sangue nas áreas do cérebro e do labirinto – diz o otorrinolaringologista Luiz Augusto de Lima, do Hospital e Maternidade São Cristóvão, em São Paulo.
Os sintomas mais comuns são tontura, atordoamento, sensação de cabeça leve, impressão de queda, instabilidade, náuseas e vômitos.
– Há pacientes que sentem que estão flutuando ou têm a impressão de que irão cair a qualquer momento – afirma o médico.
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Ele explica que os exames para diagnosticar a doença são tomografia computadorizada, ressonância magnética e testes vestibulares (vestíbulo é o aparelho do ouvido interno responsável pelo equilíbrio).
– Fumantes e pessoas com o hábito de ingerir bebidas alcoólicas regularmente podem agravar o quadro clínico, pois o álcool e a nicotina e diversas outras substâncias contidas no cigarro são agressivas ao sistema vestibular – diz o médico.
Segundo ele, estudos realizados na Escócia e Finlândia indicam que distúrbios conhecidos popularmente como labirintite atingem cerca de 10% das crianças e até bebês.
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– Embora raro, as labirintopatias podem acometer as crianças. A maioria dos casos são relacionados com alterações congênitas, que devem ser tratadas com medicamentos em doses adequadas para a idade.
Luiz Augusto conta que existem vários tratamentos disponíveis.
– Existem os vasodilatadores que facilitam a circulação sanguínea. Labirinto supressores, que suprimem tontura com ação no sistema nervoso. E medicações que atuam sobre outros sintomas como a náusea, vômito e o mal estar.