Doença imunológica de autoagressão que afeta a capa dos nervos, a esclerose múltipla é mais comum entre adultos jovens, entre 18 e 35 anos – faixa etária em que se enquadra Jack Osbourne, filho do cantor Ozzy Osbourne. Aos 26 anos, ele foi diagnosticado com a doença, conforme noticiado nesta segunda-feira.
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O neurologista Sérgio Roberto Haussen, do Hospital Moinhos de Vento, explica que a esclerose múltipla é causada por predisposição genética ou em decorrência de infecções, como uma gripe forte ou outras doenças infecciosas que atingem áreas além da infecção em questão.
– É uma reação inflamatória que age sobre a mielina, espécie de capa que protege os nervos, podendo deixar lesões definitivas como dificuldades para falar ou caminhar, por exemplo – esclarece Haussen.
Segundo o médico, não há forma de prevenção para a esclerose múltipla.
– O diagnóstico é quase sempre uma fatalidade, a pessoa percebe uma dormência no braço, fala desarticulada, visão turva, e os exames vão levar à descoberta da doença – explica.
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Ressonância magnética e exame do líquido da espinha são usados para o diagnóstico. O tratamento é à base de medicamentos da família do cortisona ou imunomoduladores chamados interferons. De acordo com Haussen, há outros medicamentos mais fortes que melhoram o prognóstico, mas devem ser usados mediante uma vigilância constante, pois podem ter efeitos adversos.
Jack Osbourne teve um passado de uso de drogas, prisões e internações constantes em clínicas de reabilitação. No entanto, o uso de drogas não tem relação direta com a esclerose múltipla, conforme o médico:
– O que aumenta com o uso de drogas é a promiscuidade, que pode facilitar a transmissão de vírus de uma pessoa para outra, causando infecções que podem resultar no quadro de esclerose.