Das 11 da manhã às 16h é o período em que a radiação solar apresenta maior perigo no horário de verão. Mas, em meio a uma prática esportiva ou mesmo durante o expediente, para quem trabalha de sol a sol, nem sempre é fácil ficar de olho no relógio. Por isso, uma dica para evitar a exposição nos períodos mais prejudiciais é ficar atento à sua sombra, pois o tamanho dela pode ajudar a perceber o momento certo de procurar uma sombra, colocar um boné e dar uma pausa nas atividades. Quanto menor ela estiver, maior será a exposição da pele aos danos causados pelos raios ultravioletas, já que o sol estará cada vez mais a pino.
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Neste época do ano, o índice de Índice Ultravioleta (IUV) costuma chegar ao estágio máximo em Santa Catarina. Mas essa condição não é exclusiva do verão. Ao longo de todo ano, mesmo em outras estações, a incidência ainda é alta conforme o meteorologista Marcelo Martins, da Epagri Ciram. Apesar de não ser extrema, segundo ele, é o suficiente para causar danos à pele.
Usar guarda-sol, usar boné, óculo de sol e roupa com proteção ultravioleta e renovar o protetor após o banho de mar ou piscina são atitudes indispensáveis nesta época do ano.
— No verão, em função dos dias mais longos e temperaturas mais elevadas, a tendência é que a gente use roupas mais curtas, então essa incidência é muito grande de pessoas que não pegam sol nos horários indicados. A gente passa um período de mais frio em que a pele acaba ficando um pouco mais clara, não tão bronzeada. E, de repente, de uma vez só, a gente começa a se expor muito no verão —, explica.
Por isso, estar de olho na radiação é fundamental para evitar dores de cabeça, literalmente, e principalmente doenças mais sérias, como o câncer de pele.
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O Índice Ultravioleta (IUV) é uma escala que varia vai de zero a um número superior a dez, responsável por medir a intensidade da radiação solar em relação ao horário em que o sol alcança seu pico, no meio-dia solar. Quanto mais roxo, maior é a radiação emitida. A partir dele é possível acompanhar a previsão do IUV máximo do dia.
A Epagri/Ciram disponibiliza um modelo atmosférico global que considerando a quantidade de ozônio, posição do sol, tipo de superfície, cobertura de nuvens entre outros aspectos.
Confira a previsão do IUV em Santa Catarina para os próximos dias:
Confira a categoria de cada nível e os cuidados indicados:
Mais vulneráveis
Tanto para os que passam o verão trabalhando, como os vendedores ambulantes, quanto para quem tem o privilégio de aproveitar a estação mais quente do ano como forma de lazer, o cuidado deve ser redobrado. As consequências da exposição contínua ao sol podem vir a longo prazo.
— Além dos danos serem imediatos, eles também podem ser acumulativo ao longo dos anos, como no caso dos trabalhadores que atuam expostos ao sol, dos salva-vidas ou mesmo de pessoas que ficam jogando frescobol, vôlei ou surfam o dia inteiro e acabam ficando sem proteção. Tem também o fato de estarmos na região Sul do país, onde há muitas pessoas com pele mais clara — ressalta.
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Martins alerta para o fato de os turistas muitas vezes não estarem habituados aos índices de radiação emitidos em um país tropical como o Brasil, como os argentinos, que todos os anos visitam em grande número o litoral catarinense.
Bronzeado gradativo
Para quem curte estender a canga na areia e garantir o bronzeado, a dica é evitar pegar muito sol de uma vez só. O meteorologista ressalta que é comum encontrar pessoas que ficam no sol das 8 da manhã às 4 da tarde, mas esse tipo de bronzeamento é totalmente equivocado de acordo com Martins.
— O problema não é só as manchas e queimaduras que acontecem durante o bronzeamento, mas também o tempo que passa, a exposição excessiva. O indicado é bronzear até as 11h, esperar um tempo, hidratar a pele, depois bronzear de novo.
O ideal é sempre tomar sol levando em consideração o horário de verão: até às 11h e após as 17h. A proteção solar deve ser adequada a cada pele, para quem tem pele mais clara, o fator do protetor solar deve ser maior para garantir a proteção.
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