Nesse Dia da Criança, as mães já sabem: eles querem guloseimas. O que nem todas sabem é que as comidas tão adoradas pelas crianças podem representar sérios riscos de saúde. A obesidade infantil é um mal que atinge 15% das crianças brasileiras e pode, além de prejudicar a autoestima dos pequenos, desencadear complicações mais graves como problemas ortopédicos, infecções respiratórias e diabetes. Além disso, crianças obesas têm 30% de chances de se tornarem adultos obesos, visto que as células adiposas tendem a permanecer “cheias”.
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A alimentação desequilibrada, aliada à falta de exercícios físicos e à dificuldade de brincar na rua e explorar o corpo são fatores que predispoem à doença. Segundo o nutricionista esportivo Gabriel Cairo Nunes, os pais costumam buscar a ajuda de um profissional apenas quando a criança já apresenta problemas, como aqueles ortopédicos ou de colesterol. É preciso prevenir:
– Os pais precisam ensinar a seus filhos uma boa educação alimentar. Muitas crianças não comem verduras porque seus pais não compram, porque eles mesmos não comem e, se a criança come comida gordurosa – bolacha, salgadinho – é porque eles compram.
Cabe aos pais ficarem atentos e vigiar o que os pequenos comem enquanto jogam vídeo game ou assistem à televisão e, ainda, levá-los a um profissional para fazer uma avaliação (como é sua rotina, que horas se alimentam e o que comem em cada refeição) a fim de montar um cardápio equilibrado, com os nutrientes necessários para cada fase de crescimento.
– Incentive seu filho a consumir alimentos apropriados para ajudar na fase de crecimento. Encoraje a beber leite desnatado, a ingerir menos sal e aumentar o consumo de grãos, além de diminuir o açúcar, os doces e os chocolates. O ideal é oferecer sempre alimentos pobres em gorduras, sem muitos condimentos e molhos, dando preferência para frutas, legumes, verduras e carnes magras grelhadas, assadas ou cozidas. Essa é uma forma natural de evitar os excessos e e os riscos para a saúde – indica o nutricionista. Para a sobremesa, um doce por semana não tem problema. Nos outros dias, ofereça frutas após as refeições e nos lanches da manhã e da tarde – quando podem ser acompanhadas por sucos ou iogurtes.
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Atividade física também é importante: inscreva seu filho em um esporte e estimule-o a brincar na rua.
A obesidade pode ser causa de problemas na escola, isolamento, dificuldade de expressar sentimentos e baixa autoestima. Para saber se seu filho tem predisposição à obesidade, fique atenta a essas dicas:
– Mães acima do peso durante a gravidez podem gerar bebês com mais tendência à obesidade.
– Observe o peso de seu filho ao completar um ano: ele não deve pesar mais do que o triplo de quando nasceu.
– Crianças com mais de três anos que ficam mais de oito horas por semana na frente da TV podem desenvolver obesidade. Evite o sedentarismo de seu filho.
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– Gordurinhas localizadas antes dos quatro anos também podem ser sinais de alerta.