Com a chegada do inverno, os bebês demandam cuidados dermatológicos especiais. A tendência é que pele e cabelos fiquem mais ressecados, então, o ideal é investir em um banho morninho, não quente, rápido, e com menos uso de sabonetes e xampus. Hidratantes podem ajudar, reforçando a barreira epidérmica, uma proteção natural que deve ser preservada para evitar a desidratação.
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Mas é preciso atentar para a qualidade dos produtos utilizados. Assim como a pele do bebê tem uma barreira mais frágil do que a do adulto, ela normalmente perde mais água, e absorve mais facilmente os produtos aplicados sobre ela. A dermatologista Márcia Donadussi afirma que se deve optar por “hidratantes umectantes neutros, de preferência sem perfume, e, caso contenham ureia, a concentração máxima deve ser de 3%; óleos devem ser usados apenas nas sessões de massagem do bebê, já que não têm grande poder hidratante”.
Na hora do banho, a dica é evitar danos à epiderme, naturalmente mais frágil no bebê do que do adulto, devido à espessura da pele e à pouca produção de oleosidade, que ajuda a diminuir a evaporação de água pela cútis. “Ela também funciona como barreira para infecções fúngicas e bacterianas”, explica Márcia. Como os sabonetes removem essa camada natural de óleo, podem agir de forma nociva à saúde dos pequenos.
Dessa forma, o uso de produtos neutros é sempre recomendado, e em pouca quantidade. “Se o bebê for ficar brincando na banheira, o melhor é deixá-lo primeiro na água sem sabonete e, no final, dar o banho”, complementa a especialista.
Quanto aos cabelos, como os bebês têm poucos fios e, logo, pouca produção de oleosidade, geralmente não há necessidade de uma lavagem diária, podendo essa higienização ser feita de duas a três vezes por semana. Os xampus também devem ser próprios para o uso em nenéns, e devem ser utilizados com movimentos suaves e, claro, cuidando para não pressionar a região da moleira.
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Sobre o uso de perfumes, a médica é taxativa: “O sistema imunológico do bebê está ainda em desenvolvimento, desse modo, o ideal é que se evite o contato excessivo com produtos químicos”. Ou seja, se os pais realmente fazem questão do uso, é preciso optar por versões específicas para os pequenos, como aqueles sem álcool, ou, melhor ainda, é possível aplicar o perfume somente sobre as roupinhas, evitando que a química tenha contato com a pele da criança.