Pode parecer apenas um intervalo para o lanche, mas seu poder é maior do que isso. Além de o coffee break ser o momento ideal para fazer networking, o especialista Marcos Fritzke, dono da D?Marcos Buffet para Eventos, explica que a interrupção após algumas horas de atenção é fundamental para oferecer uma pausa à mente.

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– É como um motorista que para um pouco para descansar durante a viagem – afirma, referindo-se ao efeito que a parada exerce no retorno da concentração e disposição indispensáveis para a próxima etapa da jornada.

O coffee break também influencia a imagem que os participantes levarão do evento. Ele nunca passa despercebido, e quando algo se sobressai para o bem ou para o mal, aparece nos questionários aplicados no final dos encontros.

Referências bem específicas sobre um alimento não são raras. Janara Ziliotto, gerente comercial da Bokitos Doces e Salgados, já viu algumas delas e diz que uma iguaria pode render elogios e destacar o bom gosto e apreço à qualidade do organizador.

– Em um evento interno da empresa, o cuidado na preparação do coffee break também demonstra que a empresa valoriza seus funcionários – diz Janara.

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Segundo ela, quando a organização disponibiliza cursos após o expediente, deve oferecer um lanche reforçado e caprichado, e isto será reconhecido pelos trabalhadores.

É preciso bom senso na escolha do horário e do tipo de alimento. Marcos destaca que, durante a manhã, o cardápio deve ser mais leve do que no período da tarde. Um bom coffee break apresenta variedades entre doces e salgados, não oferece frituras e tem opções de frutas, água, café e leite.

Um dos maiores pecados, segundo o especialista, é errar o horário de servi-lo. Ele já presenciou coffee breaks às 11 horas, 14h30 e até às 18h30 – horários muito próximos de outras refeições. Como padrão, 10 horas e 16 horas são os aconselháveis.

A duração depende do número de convidados. Para até 20 pessoas, um intervalo de 15 minutos é o suficiente. Um evento para mil pessoas exige um tempo maior para que todos consigam se servir, e pode chegar a 45 minutos.

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De tão bom, um coffee break pode ficar marcado na lembrança do público. Conseguir a façanha depende da atenção a alguns detalhes, mas quais são eles? O que fazer se a sua empresa precisar organizar um?

Conhecer de onde são os convidados é essencial. Segundo o especialista Marcos Fritzke, recheios à base de frutos do mar não são indicados, especialmente para o período da manhã. Alimentos mais leves encaixam-se melhor no lanche.

No entanto, os europeus apreciam os frutos do mar. Neste caso, uma opção no coffee break da tarde vale a pena. Quem vem do interior do Brasil, em geral, não gosta muito deles, então, deixe-os de fora quando atender a esse público.

A especialista Janara Ziliotto acrescenta que, quando há visitantes do exterior, os produtos regionais e bem brasileiros são parte importante do cardápio, entre eles a cuca, torta alemã, patês, pão de queijo, chinequinho, minissonho e frutas como a manga.

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Marcos também gosta de incluir outros alimentos que sempre fazem sucesso: a banana, o côco, a abóbora e a carne-seca.

Sucos naturais

Atenção redobrada deve ser dada em relação aos alimentos crus, como frios e carnes, que não podem ficar expostos por mais de duas horas. Sucos naturais valorizam o coffee break, mas aqueles que oxidam rapidamente, como o de uva e o de maçã, devem ser processados na hora, diz Marcos. O de laranja é um dos mais presentes. Ele pode ser servido até duas horas depois.

Não se deve servir pedaços de carnes sozinhos. Eles sempre devem ser parte da composição de uma massa.

Em geral, um coffee break oferece pelo menos três opções de salgados e doces e pode ter um pouco mais de salgados porque seu consumo é maior. A quantidade é calculada considerando-se uma unidade por participante de cada uma das variedades. Para facilitar a circulação do público, uma mesa deve atender a no máximo 50 pessoas.

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Conheça as regras de etiqueta do coffee break