Inovação, conceito definido como “ação ou efeito de inovar”. Tem como propósito trazer novidade, ou seja, apresentar algo novo. Com o constante avanço da tecnologia e as mudanças de comportamento do consumidor – que estão cada vez mais autônomos na jornada de escolhas – empresas que não implementam essa prática tendem a ficar obsoletas e até mesmo perder a presença no meio. Inclusive as que optam por inovar de maneira fechada – sem estar conectadas ao movimento do mercado.
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Foi justamente por entender esse novo momento de consumo que Geovanna Cembranel, empresária e sócia de uma loja de móveis na cidade de Maravilha/SC, decidiu apostar na venda pela internet. Decisão que foi acelerada pela pandemia, que desafiou diversos setores a repensarem a maneira de fazer negócios.
— Como a venda online aumentou muito durante a pandemia, desenvolvemos um e-commerce mais tímido para avaliar como se comportaria a venda de móveis nesse formato. Deu tão certo que hoje estamos mudando para uma plataforma melhor e pretendemos crescer muito nesse meio — relata.
A ampliação da empresa para o digital foi pensada de maneira conjunta. A soma de fatores como: necessidade do mercado – frente a um cenário atípico; novo comportamento do consumidor – cada vez mais conectado; e a percepção da equipe em estar presente no ambiente digital foram decisivos para essa mudança. Ou seja, um processo de inovação implementado de forma colaborativa: o open innovation.
Afinal, o que significa o “Open Innovation”?
Traduzindo de maneira literal, o conceito “open innovation” significa inovação aberta. O termo foi criado pelo pesquisador da Harvard Business School, Henry Chesbroug, com o propósito de incentivar empresas a inovar de maneira mais colaborativa.
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Com isso, a intenção é que o meio corporativo busque referências para além do núcleo, contando com pessoas que trabalham internamente em diferentes setores, e também através de consultorias, relacionamento com outras empresas, clientes, fornecedores, institutos de pesquisas, startups, entre outras. O objetivo é gerar valor demonstrando e agregando conhecimentos.
Movimento que tem apresentado resultados e destacado o Brasil. Desde 2008, a plataforma 100 Open Startups reúne startups com grandes empresários, líderes e especialistas em inovação para debater e expandir a troca sobre a inclusão do open innovation. De acordo com ranking Top 100 Open Corps 2021, que elenca as empresas e corporações que mais praticam inovação aberta com startups, o número de open startups cresceu de 13.092 em 2020 para 18.335 em 2021. Os relacionamentos entre as grandes empresas e startups também aumentaram 96%.
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A pesquisa apontou, ainda, que o número de contratos de open innovation das corporações com startups cresceu de 1.968 no ano passado, para 3.334 em 2021. O levantamento destacou que os setores que mais investem em inovação aberta são o alimentício, de serviços de bens e consumo, financeiros e serviços profissionais.
Diferentes opens do mercado
O open innovation também abriu portas para democratizar serviços burocráticos, como o sistema financeiro. O sistema open banking significa banco aberto e tem criado relações com as fintechs – startups financeiras – com uma dinâmica mais facilitadora para que o consumidor tenha controle dos seus dados e maior liberdade ao optar pelos serviços financeiros.
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Aos poucos, o Banco Central vai ampliando o espaço para o open banking, que será gradativamente liberado até o final de 2021. Um exemplo prático desse avanço na democratização do setor foi o PIX. Lançado em novembro de 2021, o recurso permite transações bancárias a qualquer horário, utilizando o aplicativo do próprio banco.
De acordo com informações do Banco Central, no primeiro trimestre de lançamento do serviço, 200 milhões de transações mensais foram realizadas. Quem também precisou adotar o uso do PIX foi a empresa da Geovanna.
— No início achamos que – o uso do PIX – não pegaria tão fácil, principalmente por nossos clientes serem de uma faixa etária mais avançada e terem o costume de utilizar cheques ou vir até a loja pagar, mas de uma hora para outra tivemos que nos adaptar, pois essa inovação veio com tudo – independente da idade do cliente — relata Geovanna.
O formato open source também se destaca no mercado, principalmente de startups. O open source significa códigos abertos, e defende a criação de softwares de maneira livre e colaborativa. A ideia é criar o código-fonte e depois, permitir que outras pessoas utilizem esse código de maneira gratuita.
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A cultura do open parte da ideia de construir e inovar de maneira coletiva, colaborativa, aguçando o senso de pertencimento e engajando uma rede por um mesmo propósito, que é agregar conhecimento e desenvolver novos produtos. Isso, com o aproveitamento da tecnologia, irá beneficiar todo o mercado, transformando padrões e abrindo espaço para novas realidades, cada vez mais conectando consumidor final às empresas.
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