Após as 17h, o presidente da seção eleitoral, utilizando senha própria, encerra a votação e imprime o Boletim de Urna, que consiste no somatório dos votos de cada candidato ou legenda, além de votos nulos e brancos. Ou seja, neste momento os computadores das urnas eletrônicas apuram os votos registrados naquele equipamento.

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Esse Boletim de Urna, que é assinado pelos mesários, é impresso em cinco vias pela urna eletrônica. A primeira via é afixada em local visível na seção, dando publicidade ao resultado. As três vias seguintes são encaminhadas, juntamente com a ata da seção, ao cartório eleitoral.

A última via é entregue aos representantes ou fiscais dos partidos políticos presentes. O Boletim vem com um QR Code, que permite ler os dados com o celular e, se o eleitor quiser,

compará-los com os números divulgados posteriormente pelo TSE.

Transmissão dos dados

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Apenas depois da impressão do Boletim de Urna, os dados contidos nos cartões de memória dentro das urnas são criptografados e gravados em uma mídia de resultado (pendrive). Esse pendrive é retirado da urna e levado ao Delegado de Prédio, que recebe todas as mídias de um local de votação e entrega um envelope lacrado a um motoboy. O motoboy leva o pendrive ao cartório eleitoral ou locais de transmissão, onde serão transmitidos ao TRE por meio de rede exclusiva da Justiça Eleitoral ou rede privada virtual.

Esse envio dos dados é feito online geralmente por uma rede de comunicação própria da Justiça Eleitoral. Cartórios eleitorais, TREs dos Estados e o TSE passam a estar conectados por essa rede privada, pela qual os resultados são transmitidos.

Os arquivos transmitidos são assinados digitalmente e criptografados. Ou seja, mesmo se alguém conseguisse interceptar um desses arquivos, levaria cerca de 99 anos utilizando supercomputadores para apenas extrair a mensagem, sem qualquer possibilidade de alteração.

O mesário que preside a seção eleitoral tem como uma das funções comparar a via impressa do Boletim de Urna com a via digital divulgada posteriormente pelo TSE. Em 22 anos de urna eletrônica nunca foi reportada qualquer diferença entre a versão impressa e a versão digital.

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Totalização dos votos

O próximo passo é a totalização dos resultados, que é a soma dos dados de todos os Boletins de Urna. Depois de receber os dados enviados pelas zonas eleitorais, o TRE utiliza um software do TSE que confere a autenticidade das informações, decodifica os dados e faz a contagem de votos no Estado. O TRE faz a totalização para os cargos de deputados, senador e governador.

A totalização também pode ser realizada de forma independente pela sociedade organizada pela leitura dos Qrcodes impressos ao final do Boletim de Urna e fixados nas seções eleitorais. Em 2016 o TRE-SC realizou projeto experimental na cidade de Blumenau que consistia na leitura dos Qrcodes das seções pelos próprios mesários, sem afetar a transmissão e totalização da forma tradicional. A experiência demonstrou ser totalmente viável a realização de uma totalização paralela e independente da Justiça Eleitoral.

Nas eleições para presidente da República, o Boletim de Urna é transmitido primeiro ao TRE para totalização, que então passa, através da rede privativa, para o TSE a soma dos votos para presidente do Estado.

Para garantir a disponibilidade e a segurança dos canais de comunicação toda a rede nacional da Justiça Eleitoral entre em modo de segurança extremo a partir do sábado como forma de proteção para as cerca de 200 mil tentativas de ataques ao serviço por minuto.

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O TSE faz a leitura das bases de dados dos TRE e divulga a contagem em tempo real pela internet. Esse sistema não faz o processamento dos dados, apenas a divulgação dos resultados.

Fonte: TSE e secretário de Tecnologia da Informação do TRE-SC, Álvaro Sampaio