Horário marcado, carteirinha na mão e vacina no braço. Essa tem sido a rotina nos milhares pontos de vacinação contra a Covid-19 espalhados por todos os 295 municípios de Santa Catarina. Com o avanço da imunização, mais pessoas têm recebido, ao menos, a primeira dose.

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Porém, engana-se quem pensa que o trabalho de um aplicador se restringe a aplicar a vacina. Depois, ainda é necessário registrar as doses no sistema do Ministério da Saúde. São esses os dados que ajudam o Estado a entender como está o ritmo de aplicação, além de servirem para que a pessoa possa comprovar que se vacinou.

Mas, como funciona todo esse processo na prática?

Para fazer o monitoramento, a orientação do Ministério da Saúde é que, após a aplicação, seja inserido no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (Novo SI-PNI) ou em um sistema próprio, o nome da pessoa, o tipo de vacina e o número do lote. Este registro é feito de forma individualizada, por meio do CPF ou do Cartão Nacional de Saúde (CNS), a fim de que possa ocorrer o acompanhamento das pessoas vacinadas, evitar a duplicidade de vacinação e ajudar na investigação de possíveis Eventos Adversos Pós-Vacinação.

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Além disso, de acordo com o secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, em entrevista ao Jornal do Almoço, esse processo ajuda a identificar quantas pessoas precisam retornar para tomar a segunda dose.

— O sistema também ajuda em casos em que se tenha que comprovar a vacinação, o que deve acontecer no futuro — salienta.

Quando esse registro deve ser feito? 

Depois das informações recolhidas, os aplicadores precisam enviá-las ao Ministério da Saúde. O ideal, segundo a Diretoria de VIgilância Epidemiológica (Dive) de Santa Catarina, é que esse registro seja feito no momento da aplicação. Porém, em casos de salas de vacinação em que não há conectividade com a internet, por exemplo, a recomendação é que a informação seja registrada no sistema em até 48 horas. 

Como analisou a colunista Dagmara Spautz, o atraso no envio de dados da vacinação contra a Covid-19 pode modificar o real cenário de imunização do Estado. Um levantamento feito pelo jornalista de dados do NSC Total, Cristian Weiss, nesta quinta-feira (15), ao menos 52 cidades estão há três dias ou mais com atraso na atualização, sendo que 24 delas estão há uma semana sem o envio de dados e outras 10 com mais de um mês de atraso, indo contra o recomendado pela diretoria.

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Além da transparência, isto também atrapalha que os catarinenses comprovem que receberam o imunizante. Por exemplo, após a vacinação, a pessoa poderá comprová-la por meio do aplicativo Conecte SUS Cidadão. Porém, alguns usuários relataram que, mesmo após tomar a primeira dose, o dado ainda não tinha sido atualizado no sistema.

Sobre isso, a Dive afirmou que a demora para a atualização no aplicativo é normal e depende do registro do municípios. Por isso, a diretoria reforça a importância de sempre manter atualizado o sistema de dados. 

Até esta quinta-feira, segundo o Monitor da Vacina do NSC Total, 14,74% dos catarinenses já receberam as duas doses ou vacina de dose única. Se o recorte levar em conta quem recebeu a primeira dose, são 43,32% da poulação. 

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